APrimeira Feira Brasileira do Grafeno foi aberta, nesta sexta-feira (9), em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. O Presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, participaram da inauguração do evento e também visitaram a Universidade de Caxias do Sul, onde está instalada a primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina, a UCSGRAPHENE, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
A planta de produção de grafeno está em operação desde março de 2020 e reúne a experiência de anos de pesquisa da Universidade de Caxias do Sul em nanotecnologia, gerando grafeno para produção de alta tecnologia. Tem capacidade para produzir até 5 mil quilos por ano, além de ser berço para pesquisas e desenvolvimento de novos produtos oriundos desse material.
A ideia inicial é atender a demanda nacional, começando pelo setor automotivo. No entanto, o produto já está sendo transformado em materiais que são usados em nosso dia a dia, como copos, sacos de lixo, peças de carro e até coletes à prova de bala.
“Não é fácil nós evoluirmos em ciência e tecnologia. Geralmente, tem alguém na nossa frente. Agora, uma grande fresta apareceu. Um grande horizonte. Uma fronteira incomensurável que, ao passar por aqui, vi na prática que é realmente algo fantástico para a nossa pátria”, afirmou o Presidente Jair Bolsonaro ao destacar a importância do potencial do grafeno para o desenvolvimento do Brasil.
O que é o grafeno?
O grafeno nada mais é do que uma variação do grafite, que é composto por carbono. A diferença é que o grafeno possui uma estrutura hexagonal, de seis lados. Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, ele é considerado um dos materiais mais fortes e leves do mundo e também um dos mais finos. É duzentas vezes mais resistente que o aço, ou seja, pode competir com uma série de materiais que já existe, com a vantagem de ter maior qualidade e durabilidade. É considerado um dos maiores recursos da atualidade para aplicações em alta tecnologia.
De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Brasil é o terceiro maior fornecedor mundial do mineral grafita e possui a segunda maior reserva mundial desse material, que é a principal matéria-prima para o grafeno. Estima-se que esse mercado movimentará em cinco anos mais de 3 bilhões de dólares.