Áudio Revelador: Ameaças e Pressões Levam Pastora Denise Seixas a Renunciar à Igreja Bola de Neve

Após a divulgação de um áudio em que relata ter sofrido ameaças e pressões, a pastora Denise Seixas renunciou à presidência da Igreja Bola de Neve na quarta-feira (13). No áudio, divulgado inicialmente pelo site Fuxico Gospel, Denise Seixas confirmou a assinatura de um contrato de confidencialidade que a impede de discutir questões internas da instituição. A renúncia e as revelações contidas no áudio reacenderam debates sobre a transparência em organizações religiosas.

Ameaças pessoais e pressões:

No áudio de 32 minutos que veio à tona, Denise Seixas revelou ter sido alvo de perseguições e intimidações, incluindo ligações anônimas e carros que a seguiam. A pastora afirmou que as ameaças envolviam até mesmo seus filhos, levando-a a sentir-se “encurralada” e a “não ter escolha a não ser recuar”. Ela não detalhou os autores das ações.

Contrato silencia questões financeiras:

Denise Seixas admitiu ter assinado um acordo que proíbe a divulgação de informações sobre a gestão e finanças da igreja, sob pena de multa de R$ 30 mil. Segundo ela, o documento foi exigido durante uma disputa interna pela liderança da instituição. Essa cláusula de sigilo dificulta o esclarecimento público sobre denúncias de suposto desvio de recursos.

Conflito judicial e renúncia:

A saída da pastora ocorreu após meses de tensão com Everton Ribeiro, ex-diretor financeiro da igreja, contra quem ela moveu ações judiciais. O acordo de renúncia, classificado como sigiloso, permitiu que Denise mantivesse o título de cofundadora e um salário até a conclusão do inventário de seu falecido ex-marido. A decisão foi comunicada a pastores e líderes da igreja através de um comunicado do pastor Fábio Santos.

Repercussão no meio religioso:

O caso gerou críticas sobre a falta de transparência em entidades religiosas, especialmente após a viralização do áudio. Especialistas apontam que cláusulas de confidencialidade em instituições desse tipo podem ocultar abusos de poder. A Igreja Bola de Neve não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.