Da Redação JM Notícia
O instituto Gallup de pesquisas divulgou o resultado de um estudo mostrando que apenas 24% dos americanos acreditam que a Bíblia é a verdadeira palavra de Deus e deve ser tomada literalmente.
Cerca de 47% acredita sim que ela seja a Palavra de Deus, mas uma palavra inspirada e que, por isso, não deve ser tomada literalmente em sua totalidade.
Outro grupo, de 26% dos entrevistados, diz que a Bíblia é “um livro de fábulas, lendas, histórias e preceitos morais gravados pelo homem”.
Essa é a primeira vez em quatro décadas que o ceticismo é maior que o literalismo bíblico. Em 1984, por exemplo, 37% dos entrevistados acreditavam que a Bíblia é a palavra de Deus literal e apenas 12% consideravam o Livro Sagrado dos cristãos como fábula.
Em 2012, o aumento do ceticismo já era notável com 21% de pessoas acreditando que a Bíblia é um livro de histórias e 28% acreditando em palavra por palavra do que nela está escrito.
O que sempre prevaleceu foi o entendimento de que a Bíblia é inspirada no que Deus diz, a curva da pesquisa mostrada pelo instituto mostra, porém, que até esta crença está caindo. O que em 2007 era certo para 51% dos entrevistados, hoje caiu para 47%.
A pesquisa revela também que as pessoas que acreditam no literalismo bíblico são maioria nos grupos de pessoas não-brancas, com mais de 50 anos e sem educação superior. Já entre os homens, brancos, com idades entre 18 a 49 anos o ceticismo impera. Mesmo assim, esses também são os perfis daqueles que acreditam na Bíblia de forma não-literal.
Outro dado interessante desta pesquisa do Gallup é que os protestantes estão mais propensos a acreditar na Bíblia de forma literal que os católicos.