Peritos da Polícia Federal divulgaram um relatório apontando a necessidade de aperfeiçoamento do sistema digital. O parecer é referente aos dados analisados nas eleições municipais de 2016.
Segundo a CNN, que teve acesso às conclusões da PF, o texto aponta que apontou que a impressão do voto é “procedimento satisfatório para atender ao requisito de auditoria”, mas que a iniciativa cria maior possibilidade de “falha mecânica”.
Contudo, o relatório diz que a adoção do voto impresso auditável “encarece bastante” o processo eleitoral.
Vale lembrar que em 2016, ano utilizado para a elaboração do relatório, o Congresso Nacional havia aprovado um projeto de lei para a impressão do voto, Dilma Rousseff (PT), vetou e o Poder Legislativo derrubou o veto que, em 2018, foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal.
O relatório foi escrito quando a lei estava válida e por isso lemos: “Recentemente, foi aprovada uma lei que requer que cada voto seja impresso e depositado em uma urna acoplada na urna eletrônica, de modo que caso haja desconfiança de fraude, os votos físicos possam ser contados e comparados com o boletim de urna. Este procedimento é satisfatório para atender ao requisito de auditoria, porém encarece bastante o processo (será necessário adicionar uma impressora e uma urna convencional a cada conjunto, haverá maior possibilidade de falha mecânica)”.
Atualmente a Câmara dos Deputados aprecia a PEC do voto auditável que, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria um custo de R$ 2 bilhões para adaptar as urnas eletrônicas, caso a proposta seja aprovada no Congresso.