Agência de Fomento aumenta gasto com pessoal em 58% e tem prejuízo de R$ 900 mil em 2015, aponta Eduardo Siqueira
De posse de balanço publicado pela Agência de Fomento, relativo ao ano de 2015, e também com informações da gestão anterior, o deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM) disse que a situação atual da agência é “estarrecedora” e pediu uma atitude emergencial do Governo do Estado para evitar que o órgão feche suas portas. As afirmações do deputado Eduardo Siqueira Campos aconteceram durante a sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira, 24.
Baseado nos números de desempenho divulgados pela própria Agência de Fomento, o deputado afirmou que, em 2015, o órgão gastou R$ 1,9 mi ( um milhão e novecentos mil reais), com pagamento de servidores, contra R$ 1,2 mi (um milhão e duzentos mil reais) gastos com pessoal em 2014. “Em plena crise, o presidente da Agência de Fomento, que já integrou esta Casa e a Câmara Federal, conseguiu aumentar em 58% o gasto com pessoal”, destacou.
Eduardo Siqueira também apontou o aumento do custo operacional da Agência de Fomento. Segundo Parlamentar, em 2013, para cada real emprestado, a Agência de Fomento tinha um saldo positivo de 23 centavos. Atualmente, de acordo com os números divulgados pela atual gestão, para cada real emprestado há um custo de 92 centavos.
“Em 2015, os empréstimos realizados somam R$ 7,3 milhões (sete milhões e trezentos mil reais), enquanto as despesas foram de R$ 6,7 milhões (seis milhões e setecentos mil reais), ou seja, para cada real emprestado, a agência gasta 92 por cento”, comparou.
A preocupação de Eduardo Siqueira se estendeu também à rentabilidade da agência. Segundo o deputado, o órgão, que até 2014, tinha uma rentabilidade R$ 208 mil (duzentos e oito mil reais) por ano, passou, a partir de 2015, a ter um prejuízo de R$ 900 mil (novecentos mil reais). “A própria Agência de Fomento divulgou que está fazendo empréstimos duvidosos para empresas que prestam serviços ao Estado e para a própria Agência. Como garantia, essas empresas apresentam empenhos de processos que tem a receber do Governo do Estado. E como sabe que o Governo não vem pagando, a própria agência classificou os empréstimos como duvidosos – categoria D”, disse.
Eduardo Siqueira relembrou a capacidade de gestão do ex-presidente da Agência de Fomento, professor Rodrigo Alexandre Gomes de Oliveira, que possui mestrado em Agroeconomia e foi supervisor de fiscalização do Banco Central.
“Então veja a responsabilidade de quem estava na direção da Agência para ser substituído por uma indicação politica de alguém que está tratando assim a questão da Agência de Fomento”, comparou.
Com informações Ascom