Por pastor Douglas Baptista
A expressão “absoluto” vem do latim “absolutus” e significa o que é “perfeito” ou “completo”. A Bíblia assevera que Cristo é a verdade absoluta: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6). Cristo declarou ser a única verdade e esta reivindicação exclusiva de Jesus é inequívoca.
A verdade é exclusiva no sentido de ser única, mas também é inclusiva no sentido de estar disponível para todos. Ao comentar este versículo, Bruce destaca que “toda a verdade é de Deus, assim como toda a vida é de Deus. E a verdade e a vida de Deus estão encarnadas em Jesus” e acrescenta que “Jesus não é somente o caminho até Deus; ele é a verdade de Deus” (2002, p. 256). Sobre este conceito, o Dicionário de Ética Cristã argumenta:
Deus é a autoridade última do cristão. Sua vontade é, portanto, absoluta. Deus falou, e a Bíblia, como Palavra escrita de Deus, carrega esta clara autoridade. […] Em alguns casos, a vontade absoluta será tão específica que se identificará como uma regra definida de ação, enquanto em outros, será um princípio do qual se derivará a regra de ação definida (HENRY, 2007, p. 23-24)
Quanto a esta declaração, as Escrituras são enfáticas em ensinar que Cristo é a única, completa e perfeita revelação de Deus e de sua verdade para todos os povos. No magnifico versículo de abertura do livro aos Hebreus, o autor escreve magistralmente: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1.1).
Tal texto revela que no passado Deus falou de variados modos, por intermédio dos profetas, mas agora quando o Filho veio, Ele é o portador da revelação final e sua autoridade não pode ser questionada (At 4.12). Aqui é importante salientar que todo o processo de revelação – que se desenvolve na história do homem – é descrito com um só verbo: Deus falou. Isto é, a verdade absoluta procede da parte de Deus.
Em sua encarnação Cristo indica o único caminho de retorno ao Pai, aponta para a única verdade de redenção da humanidade e assegura vida eterna unicamente aquele que crê na verdade (Jo 3.16). Alguns questionam que um único caminho é restritivo demais, porém, os textos bíblicos advertem que não existem caminhos alternativos.
Desse modo, todos os caminhos que ignoram a verdade absoluta de Cristo são caminhos de perdição (Mt 7.13). Por conseguinte, sem verdade absoluta, qualquer ética ou moral penderá para alguma forma de relativismo, que indiscutivelmente, conduzirá seus seguidores a trilhar um caminho de morte (Pv. 14.12).
Pense Nisso!
Douglas Roberto de Almeida Baptista
Notas Bibliográficas
HENRY, Carl (Org.). Dicionário de Ética Cristã. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007.
BRUCE, F. F. João. Introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 2002.