Da Redação JM Notícia
A Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou recentemente um projeto de lei que cria o Conselho Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTTT), mas o texto deve ser vetado pelo governador Daniel Pereira (PSB).
Em um anuncio feito pelo Poder Executivo, o Projeto de Lei 845/17 deve ser vetado por conta dos protestos realizados pela comunidade cristã, principalmente os evangélicos, que se colocaram contra o projeto.
Pereira se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (MDB), em Porto Velho, durante o feriado desta terça-feira (1º) para tratar deste assunto, estando acompanhado do chefe da Casa Civil, Eurípedes Miranda.
Deputados pedem para retirarem suas assinaturas do projeto
A criação do Conselho LGBTT era um projeto do próprio Governo com o objetivo de tratar dos direitos da comunidade LGBTT e foi aprovada na Assembleia Legislativa na semana passada.
Com a aprovação, o deputado federal Marcos Rogério (DEM-RO) criticou os deputados estaduais e a polêmica se instalou no estado, levando diversos líderes religiosos a cobrarem seus candidatos por terem assinado favoravelmente ao projeto.
Diante disso, alguns dos deputados que votaram a favor estão voltando atrás, dizendo que não estavam presentes no momento e pedindo para anularem o voto. “Meu nome estava no painel, porém eu não estava em plenário e sim cumprindo agenda aqui na Casa”, disse o deputado Anderson do Singeperon (Pros).
O deputado Alex Redano (PRB) também alegou que não estava presente na hora da votação e declarou que, como evangélico, ele não é favor do projeto. “Estava realizando um atendimento fora do Plenário e quando retornei, a votação tinha acabado de acontecer e eles não realizaram a verificação do quórum. Desde que entrei na vida política sempre deixei claro que sou contrário a essas votações, pois sou evangélico e tenho meus princípios”, disse.
Já Adelino Follador (DEM), comentou que seguiu conselho da presidência da Casa e se ausentou da votação, porém ele argumentou que não foi pedido verificação de quorum, e o seu voto ficou registrado simbolicamente. Ele diz ainda que o projeto não estava na pauta do dia e que os contrários não puderam se manifestar durante a votação, por isso ele pediu que a votação fosse revista de forma legal.