Da Redação JM Notícia
O crescimento da bancada evangélica nos últimos anos, principalmente os 17% dos deputados eleitos em 2014, faz com que a pesquisadora política Christina Vital aponte que em 2018 os evangélicos sairão na frente dos demais candidatos.
Autora de “Religião e Política: Medos Sociais, Extremismo Religioso e as Eleições 2014”, a pesquisadora concedeu uma entrevista ao jornal Gazeta Online para falar sobre o seu livro e seu posicionamento a respeito do crescimento do número de evangélicos na política.
Segundo ela, a candidatura de Everaldo Pereira (PSC) serviu para mostrar uma nova postura adotada pelos evangélicos em torno da política por lançarem um representante ao cargo máximo da República.
“Essa tentativa de organizar os evangélicos em torno de uma candidatura confessional faria com que eles se mobilizassem”, afirmou a antropóloga da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Pelas primeiras pesquisas de intenção de voto feitas naquele ano, Everaldo Pereira aparecia tecnicamente empatado com Eduardo Campos (PSB). Com a morte de Campos, porém, Marina Silva assumiu seu lugar e Everaldo saiu dos 4% de intenção de votos para 1% e acabou ficando em 5º lugar.
A antropóloga acredita que os evangélicos sairão na frente nas eleições de 2018 por contarem com canais midiáticos. “Em 2018 pode haver uma grande possibilidade de uma nova mobilização em torno de uma candidatura evangélica”.
Vale lembrar, porém, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pensa em impedir a influência das igrejas nas eleições. Gilmar Mendes, presidente do TSE, chegou a afirmar que é necessário impedir que as igrejas, com seus recursos, interfiram nas eleições.
“Depois da proibição das doações empresariais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), hoje quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne 100 mil pessoas num lugar e diz ‘meu candidato é esse’. Estamos discutindo para cassar isso”, afirmou. Com Informações Gazeta Online.