A Câmara aprovou projeto que dá ao cristianismo status de manifestação cultural nacional. Também foram votados acordos internacionais. O repórter Antonio Vital acompanhou as votações.
O Plenário da Câmara aprovou projeto (PL 4168/21) que reconhece o cristianismo como manifestação cultural nacional.
O projeto foi apresentado pelo deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP), com a justificativa de que o cristianismo está na raiz da cultura nacional, desde a chegada dos colonizadores portugueses.
O relator da proposta, deputado Julio César Ribeiro (Republicanos-DF), apontou que a cultura cristã é dominante no país, mesmo com a diversidade cultural e religiosa de outros povos que vieram para o Brasil. Ele justificou o reconhecimento da importância do cristianismo na cultura a partir de suas diversas manifestações na sociedade.
Julio César Ribeiro: Não há dúvida de que o Cristianismo se encontra profundamente enraizado na cultura de grande contingente do povo brasileiro, em seus valores e em inúmeras manifestações culturais, como a pintura, a escultura, a música e a literatura. Desse modo, se o cristianismo, em sua essência, corresponde uma manifestação de fé, há que se admitir que ele também se apresenta como manifestação cultural na sociedade brasileira.
De acordo com pesquisa feita pelo instituto Datafolha em 2019, 81% dos brasileiros se declararam cristãos, sendo 50% católicos e 31% evangélicos.
O projeto foi aprovado por unanimidade, de maneira simbólica, sem votos contrários. Para o deputado Padre João (PT-MG), a cultura cristã é fundamental no país hoje.
Padre João: A cultura cristã, mais do que nunca, esse tempo exige de nós, é a superação do ódio, é a superação da violência, é respeitar, como eu já disse, a diversidade. A cultura cristã não é impor, mas é libertar, é respeitar.
O deputado Joaquim Passarinho (PL-PA) foi na mesma linha.
Joaquim Passarinho: O cristianismo representa caridade, humanidade, fraternidade, talvez isso que o mundo inteiro precise, não só o Brasil.
O projeto que reconhece o cristianismo como manifestação cultural nacional seguiu para análise do Senado.
Texto: Agência Câmara