O Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Ciro Gomes, pede a cassação dos registros de candidatura – ou dos diplomas, se os candidatos forem eleitos – e a inelegibilidade do presidente Jair Bolsonaro, que concorre à reeleição em 2022, e o candidato a vice-presidente, Walter Souza Braga Netto, se manifestem em duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes).
A primeira ação (Aije 0600814-85) apura se os candidatos cometeram abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação no encontro com embaixadores organizado pela Presidência da República no dia 18 de julho deste ano.
A legenda acusa Bolsonaro de publicar vídeo em que ataca a integridade do processo eleitoral perante os representantes de países estrangeiros nas próprias redes sociais, potencializando o efeito danoso das declarações.
Na segunda ação (Aije 0600972-43), que acusa Bolsonaro e Braga Netto de abuso de poder político pelas manifestações de 7 de setembro.
O PDT pede que seja investigado o desvirtuamento, em ato de campanha eleitoral, do desfile cívico-militar do dia 7 de setembro, em que foi comemorado o bicentenário da independência do Brasil. Segundo o partido, foram gastos R$ 3,38 milhões pela Administração Pública no evento, que se tornou promoção da campanha de reeleição do presidente da República.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, abriu prazos para que Bolsonaro e Braga Netto se manifestem sobre as acusações. Sendo três dias para a denúncia do encontro com embaixadores e cinco para as manifestações.