Dados levantados pelos cartórios de registro civil de todo o país mostram que, somente nos primeiros quatro meses deste ano, 56.931 crianças foram registradas sem o nome do pai.
Isso mostra a quantidade cada vez maior de mulheres que são levadas a criarem seus filhos sozinhas, o que traz uma série de impactos, entre eles econômicos e sociais.
O R7 aponta que entre esses impactados também temos eventuais problemas psicológicos em crianças que crescem sem o apoio paterno, com mães sobrecarregadas e sem rede de apoio.
A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) observa que em 2022 foi registrado o menor número de nascimentos desde o início do levantamento. Dos 858.108 recém-nascidos nestes primeiros meses de 2022, 6,6% deles sem o nome do pai na certidão de nascimento. Comparado ao mesmo período de 2018, quando nasceram 954.923 crianças e 51.177 delas foram registradas somente com o nome materno, o número de mães solo cresceu em 5.754 registros.
“Com essa pesquisa, o nosso objetivo não era apenas falar das mães solo, que acabam exercendo uma função difícil sozinha, mas dos filhos que crescem sem o pai, sem o direito de herança, afeto, carinho e presença”, relatou ao R7 Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen Brasil, instituto que gere os cartórios nacionais e é responsável pelos dados levantados sobre a quantidade de crianças sem registro.