O cenário de intolerância religiosa em nosso país é uma realidade. Só em 2022, duas igrejas sofreram ataques violentos. Em todas as ocasiões, o jeito de agir é o mesmo: invasão, quebra de objetos e intimidação.
No intuito de promover a proteção dos cultos religiosos em Palmas, o vereador Filipe Martins (PSDB) vai protocolar o Projeto de Lei Nº 003/2022. O objetivo é aplicar multas administrativas a quem invadir, impedir, ocupar e/ou perturbar cultos religiosos.
“Não podemos permitir a ascensão desses casos, como vem acontecendo. É preocupante e assustador e precisamos proteger as pessoas no seu direito de liberdade ao culto e haverá punição para quem praticar tais atos”, refletiu.
Casos no Brasil
Recentemente, a Igreja Nossa Senhora do Rosário sofreu uma invasão liderada por um vereador, Renato Freitas (PT). Na ocasião, dezenas de manifestantes, com bandeiras do PT e do PCB, invadiram a igreja gritando palavras como “racistas” e “fascistas” antes e durante a invasão. O ato havia sido organizado como protesto contra o racismo em razão do assassinato do congolês Moïse Mugenyi, ocorrido no Rio de Janeiro.
Outro caso, ainda esse ano, foi o de um homem detido após invadir e vandalizar um templo da igreja evangélica Assembleia de Deus, localizada no centro do município de Tauá, no Ceará. Ronaldo Carlos Lopes era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e participava de diversas atividades de militância. De acordo com o pastor assistente da igreja, José Júnior, foram danificados o púlpito, uma mesa, um notebook, caixas de som e itens menores, como jarros e suportes de vidro, com prejuízo estimado de R$ 15 mil.
Em 2020, uma Igreja Evangélica Luterana também foi atacada em Campo Mourão (Centro-Oeste). Uma das testemunhas declarou aos policiais que viu um homem que pilotava uma motocicleta CB 300 preta na madrugada. Ele parou em frente ao templo, retirou uma garrafa plástica de combustível de dentro de uma mochila e, após acender o pavio, fugiu do local.