Da Redação JM Notícia
Em entrevista ao JM Notícia, na manhã desta segunda-feira (02), ao afirmar que está no páreo na corrida pela prefeitura de Palmas o deputado estadual Wanderley Barbosa (SD) garantiu que sua trajetória política lhe dá sustentação para gerir o município. Sobre administração de Amastha (PSB), o deputado disparou que dentre outras projetos equivocados a maneira opressora do atual gestor administrar tem assustado a população que não suporta mais a exorbitante carga tributária e, ainda, corre o risco de ter seu nome arrolado na dívida ativa.
Confiante nas experiências adquiridas durante sua trajetória política o parlamentar destacou sua vivencia em Palmas desde a sua implantação, tanto na parte política como administrativa. Filho do primeiro prefeito de Palmas, Fenelom Barbosa, Wanderley, que na época já era vereador, ressalta que sempre acompanhou de perto o crescimento, os avanços, as inovações e os problemas sociais da cidade. Para ele, tudo serviu como escola para compreender como se faz uma distribuição orçamentária que atenda com eficiência a necessidade das pessoas e da cidade. “Eu creio que essa minha experiência como legislador, presidente de Câmara, subprefeito de Taquaruçu, me dá verdadeira condição de gerir essa cidade com competência”, garantiu.
Governo de opressão
Quanto a forma opressora de administrar a cidade, dentre as várias críticas à gestão do prefeito, o deputado Wanderlei apontou que a exorbitante carga tributária, que inclui o IPTU, tem prejudicado o orçamento familiar da maioria dos palmenses, tirando a qualidade de vida. Para ele, o dinheiro da escola, de um calçado melhor e da alimentação vai para o IPTU. Segundo o deputado, as pessoas nos setores reclamam, mas, às vezes ficam com medo, “porque é um governo que oprime as pessoas usando os poderes que tem, o poder judiciário, pegando as famílias e colocando na dívida ativa”, relatou.
Sobre a recente declaração do prefeito Amashta, de que estava perdendo a popularidade, na opinião do deputado Wandelei Barbosa há dois caminhos nessa afirmação. Pode ser que diante do desgaste, no município inteiro, o prefeito já esteja assumindo que perdeu, ou então por achar que pode reverter o quadro a qualquer hora, e por isso adotou medidas antipopulares. “Eu não creio nisso e o povo de Palmas também não crer. Ele não vai fazer essa reversão apenas trabalhando no ano da política”, considera.
Diretrizes
Já em fase da elaboração de diretrizes importantes para este ano, o parlamentar adiantou que na segunda quinzena de fevereiro se reúne com a cúpula estadual do partido, dentre eles o presidente Vilmar do Detran, os deputados Amélio Caires e Jorge Frederico e o candidato a senado Eduardo Gomes. Encontros que seguem, posteriormente, com líderes nacionais do congresso nacional.
Embora a corrida aos municípios para formatação e criação das comissões provisórias já esteja em andamento. Em Palmas, o candidato a prefeito disse que o partido esta construindo um projeto diferente, porque além de uma boa comissão provisória há necessidade de construir uma chapa proporcional que dê condições de ir às ruas em busca de voto para a prefeitura.
Eleições em Palmas
Quanto às eleições nos municípios, Wanderlei disse que a decisão da Executiva Nacional é que o partido terá candidato na maioria dos municípios do Tocantins que estiverem prontos para lançar candidato. Já na capital, por ser sede administrativa, o deputado afirmou que existem nomes com histórico político importante com condições de disputar as eleições, razões suficientes que levaram o partido a se empenhar no projeto.
Alianças
Além da corrida pela prefeitura, o deputado destacou que todo o setor partidário se posicionou em favor da construção de uma “boa” chapa proporcional para candidatos a Câmara Municipal, razão que leva o partido a trabalhar em busca de aliados importantes, pessoas que não comunguem com o que esta acontecendo em Palmas.
“Dessa forma iremos construir de maneira cuidadosa, sem precipitação, trabalhando para que as pessoas e os partidos aliados compreendam o nosso conhecimento com a cidade e a nossa vida na sua construção. “Os aliados terão oportunidades iguais aos membros do partido na construção desse projeto que não é apenas do Solidariedade, um projeto para cidade que o solidariedade irá liderar, assegurou.
Sobre a possibilidade de aliança com a senadora Kátia Abreu, o deputado deixou claro que existe possibilidade de aliança com todos os setores de oposição ao prefeito da cidade, mas que não tem condições moral e nem política, de se juntar a ele e garante que não discute de nenhuma forma com o prefeito Amastha.
Plataforma de governo
Quanto a sua proposta de governo, o parlamentar enfatizou que os projetos serão elaborados com a participação de pessoas conhecedoras em cada setor. Para ele o projeto de educação, saúde de urbanização, mobilidade urbana, cultura e esporte bem como de todas as vertentes do poder público municipal serão discutidos com pessoas que vivem em Palmas e que tem conhecimento e trabalham nessas áreas. “Eu não quero ser o dono da verdade eu não preciso achar que sei tudo de educação, eu preciso compreender a importância das pessoas que se qualificaram para construir comigo um projeto de educação e que ouçam também a minha experiência ao longo desse tempo.
Considerando que hoje o maior gasto da prefeitura é com a limpeza publica, o candidato garante que seu projeto para o setor, que será executado pelo próprio município, gerará uma economizar de 40%, que renderia aos cofres públicos do município mais de R$ 15 milhões ao ano, montante para asfaltar 5 quadras ao ano. Para o candidato, chegou o momento de prevalecer a economicidade do dinheiro público, o gestor precisa ter responsabilidade de economizar para fazer mais pelas pessoas.
Carga tributária
Sobre a carga tributária de Palmas que é uma das maiores do país, o deputado Wanderlei Barbosa disse que tem capacidade moral de fazer essa discussão, uma vez que votou contra o pacote de imposto do governo.
Estacionamento
O estacionamento rotativo segundo o parlamentar também precisa ser revisto. O erro na implantação, justifica o deputado, aconteceu quando o prefeito não teve o cuidado de conversar com setores impactados. Para ele o projeto teria que ser definido junto com o setor empresarial e com os comerciantes. “Fazendo de cima pra baixo como o prefeito fez, seguramente, nenhum projeto vai evoluir de maneira coerente. Eu espero ter a oportunidade de realizar essa discussão com o setor empresarial para melhorar o projeto ou tirar de vez”, concluiu.