A deputada Vanda Monteiro (PSL) propôs durante a sessão desta quinta, 12, que as concessionárias de água do Tocantins expliquem o sistema de cobrança de tarifas e também detalhes o fornecimento de água para os municípios.
De acordo com a parlamentar, o tocantinense esta castigado por pagar altas taxas, como por exemplo a de es gosto, que consome 80% dos custos. Vanda Monteiro citou que diversos municípios sofrem com falta de água e mesmo assim o consumidor é obrigado a pagar por um serviço que não é de qualidade.
Diante da insatisfação, a parlamentar requereu que uma audiência pública seja realizada.
“O cidadão não dá conta de ter água em casa. Será possível que teremos que furar povo e artesianos? Não é justo essa cobrança e vamos lutar para isso seja resolvido”, defendeu Vanda Monteiro.
A parlamentar também afirmou que ninguém dá mais conta de pagar a água no Tocantins.
O convite será feito por meio de requerimento para que as concessionárias de água do Tocantins (ATS e BRK Ambiental), representantes municipais e deputados estaduais discutam o fornecimento de água no Estado e a cobrança das tarifas praticadas atualmente.
_“Vamos promover, em breve, esse encontro e assim debater e esclarecer questões importantes para os consumidores”_.
O requerimento contará com a assinatura de outros deputados que também apoiam a iniciativa.
Deputados criticam BRK
Motivado por críticas ao atendimento da BRK Ambiental, o líder do
Governo na Assembleia Legislativa, deputado Gleydson Nato (PHS),
comentou na manhã desta quinta-feira, 12, os serviços prestados pela
empresa, bem como a situação enfrentada pela Agência Tocantinense de
Saneamento (ATS).
Vários parlamentares questionaram a falta de água, a cobrança de altas
tarifas e a falta de investimento nos municípios atendidos pela
multinacional, a exemplo da capital Palmas.
Para o líder do Governo, a BRK fica com o “filé mignon” dos serviços de
abastecimento e saneamento, atendendo às 47 maiores cidades do Estado, e
a ATS com 51 municípios de menor população. Segundo ele, a empresa
promove “o sofrimento ao povo do Estado”, devido aos altos valores
cobrados.
O deputado afirmou que a Agência de Saneamento recebeu da gestão
anterior uma dívida de R$ 3,8 milhões, e que 40% da arrecadação se
destinam ao pagamento do referido débito, estando sob auditoria o
restante dos R$ 2,4 milhões já pagos. “Com vistas a aperfeiçoar o
atendimento das regiões mais carentes de água no Estado, a ATS está
melhorando equipamentos e perfurando novos poços”.
Gleydson garantiu que o presidente da agência, Romis Alberto da Silva,
está determinado a resolver o problema da água no Tocantins. “A BRK faz
cobranças exorbitantes, sendo que um dos pontos mais absurdos é o
proprietário ter de pagar os serviços dos técnicos da empresa quando há
a necessidade de avaliar a tubulação para constatar vazamento”, observou
a deputada Vanda Monteiro (PSL).
Os parlamentares Léo Barbosa (Solidariedade), Elenil da Penha (MDB) e
Delegado Rérisson (DC) também pediram explicações. Por fim, foi sugerida
a realização de audiência pública.