Da redação
O vice-prefeito de Novo Acordo, Leto Moura Leitão (PR), prestou dois depoimentos à polícia sobre o atentado contra o prefeito Elson Lino Aguiar (MDB). Em um deles afirmou que a filha de Aguiar comandava todas as licitações da cidade e seria responsável por escolher os vencedores. Leitão é suspeito de ter encomendado o crime após o desentendimento na divisão de uma propina.
Além do vice-prefeito outras duas pessoas estão presas em Palmas suspeitas de envolvimento na tentativa de homicídio: Paulo Henrique Sousa, que seria o intermediário; e o suposto pistoleiro, Gustavo Araújo da Silva. Os três tiveram as prisões preventivas decretadas.
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Segundo o depoimento de Leitão, uma das empresas beneficiadas com o esquema seria ligada a um filho do prefeito. O vice contou que no início do mandato Elson Aguiar expediu um decreto de emergência financeira e realizou pagamentos acima de um R$ 1 milhão, sem licitação.
O Ministério Público Estadual tem dois inquéritos em andamento para apurar supostas irregularidades. Um investiga o decreto de emergência e o outro um possível superfaturamento. Os policiais ainda esperam o prefeito receber alta para prestar depoimento.
O vice-prefeito nega ter encomendado a morte. Ele afirma que foi apontado como mandante porque o agenciador Paulo Henrique Sousa queria lhe extorquir quando assumisse a prefeitura. Só que as investigações apontaram que Leitão prometeu favores e dinheiro ao agenciador.
Letim Leitão e o prefeito Elson Aguiar já foram adversários políticos, mas em 2016 se uniram na mesma chapa. Testemunhas afirmaram que eles tiveram desentendimento e se distanciaram logo no início do mandato.
O atentado contra Elson Lino Aguiar (MDB) foi na quarta-feira (9). Ele levou três tiros dentro de casa, inclusive um na cabeça. O político, conhecido na cidade como Dotozim, segue internado no Hospital Geral de Palmas. Ele passou por uma cirurgia de reconstrução facial na sexta-feira (11) e o estado de saúde é considerado estável.
Com informações G1