Matheus Erler, presidente da Câmara dos Vereadores da cidade de Piracicaba, em São Paulo, tem mantido uma luta contra o projeto de construção do ErotikaLand, primeiro parque erótico do país, caso seja aprovado. O empreendimento, que tem previsão de ser inaugurado no fim de 2017, tem um investimento por volta de 80 milhões de reais e em entrevista à Veja São Paulo, o vereador, que é evangélico, apresentou motivos para que o parque não seja construído.
O parque ErotikaLand, com expectativa de ocupar 150 mil metros quadrados na cidade de Piracicaba, foi idealizado pelo empresário Paulo Meirelles. “Sabemos que é um projeto bem ousado, mas nossa intenção é tornar o local um ponto turístico internacional”, afirmou ele. No entanto, o vereador Matheus Erler tem intenção de combater a construção desse projeto com todas as forças, por ser “totalmente imoral”, segundo ele.
Foto:Reprodução/InternetVereador de Piracicaba Matheus Erler (PSC) critica projeto do ‘Erotikaland’
Em entrevista à Veja São Paulo, o vereador respondeu algumas perguntas sobre os motivos da luta contra o projeto do ErotikaLand. “No passado, Piracicaba era conhecida como a ‘Amsterdã Brasileira’ devido ao alto consumo de drogas. Conseguimos mudar essa realidade. Hoje, somos a capital do humor, do etanol e da tecnologia. Não podemos ser conhecidos como a capital do sexo”, assertou Erler.
Quando questionado se a religião evangélica era um fator para ele ser contra o ErotikaLand, o vereador afirmou que não é contrário por causa de princípios religiosos, mas apenas por questão de moral.
Perspectiva de parque temático erótico que deve ser construído em Piracicaba (Foto: Ilustração/Lajur)
Na entrevista, Erler enfatizou que o tipo de público que o parque erótico atrairá poderá levar prostituição e consumo de droga para Piracicaba. “O público que o parque atrairá não será de famílias, mas de pessoas libertinas. Farão sexo pelo sexo, sem compromisso”.
O projeto de construção do ErotikaLand ainda está em estágios iniciais. Segundo o vereador, os empreendedores ainda não protocolaram um documento na prefeitura para comprovar a instalação do parque na cidade. Matheus Erler garantiu que enquanto o projeto não for derrubado, sua luta não acabará.