Da Redação JM Notícia
O vereador Arlindo Moreira Branco (PROS), de Campos do Jordão (SP), teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo por abuso de poder religioso.
O Ministério Público Eleitoral acusa o parlamentar de pedir votos durante os cultos realizados em uma igreja evangélica onde ele é missionário, o que configuraria crime eleitoral.
O processo começou no ano passado e o vereador foi condenado em primeira instância. Ele ecorreu ao TRE, que manteve a condenação em decisão publicada no dia 9 de abril.
Na noite de sexta-feira (20), o parlamentar conseguiu uma liminar para permanecer no cargo até o julgamento dos recursos.
Vereador nega as acusações
Arlindo Branco nega as acusações e diz que seus cabos eleitorais chegaram a entregar panfletos de sua campanha nos arredores da igreja, como muitos outros candidatos fazem em porta de igreja ou locais de grande movimento.
“Não usei a Igreja para me eleger, em nenhum momento pedi votos durante os cultos, isso não aconteceu. Foi uma denúncia sem fundamento contra minha candidatura. Só para ter uma ideia, este ano fui eleito com menos votos do que nas eleições passadas”, disse Arlindo Branco.
TRE-SP entende que o vereador pediu votos na igreja
De acordo com a decisão do TRE-SP, houve pedido ostensivo de votos durante culto e distribuição de material de propaganda nas imediações da igreja configurando abuso de poder religioso.
Em sua defesa, o vereador declara que existe um movimento contra candidaturas de políticos evangélicos. “Este suposto crime de ‘abuso de poder religioso’, do qual me acusam, não existe. Não está configurado na legislação. Mas eu, assim como outros políticos no Rio de Janeiro e de Minas Gerais, por exemplo, estamos sendo vítimas de acusações porque somos evangélicos”, disse o vereador. Com informações Meon