O vereador Tiago Andrino (PSB),. presidente da Comissão de Administração Pública, Urbanismo e Infraestrutura Municipal, afirmou durante reunião que tratou do problema de mau cheiro enfrentado pelos comerciantes e frequentadores da praia das Arnos e moradores do Bertaville que os vereadores “serão implacáveis” para combater esses problemas.
Na tarde desta quarta, 24, foi realizada uma reunião conjunta da Comissão de Administração com a Comissão de Políticas Públicas. Participaram da reunião representantes das associações de moradores e comerciantes dos locais afetados, bem comoautoridades municipais e representantes da Marinha, Naturatins e Defensoria Pública. A principal ausência foi a da BRK, concessionária responsável pelo serviço de água e esgoto no Tocantins.
“Ninguém quer bater de frente com a empresa. A ideia é somar forças e chegar a um entendimento. A gente deseja que a força dessa empresa seja usada para o bem social. O principal encaminhamento de hoje é a convocação de uma audiência pública, porque com o prazo de 30 dias estamos certos de que a empresa poderá se organizar para se fazer presente. Além disso, vamos propor a criação do Conselho Municipal de Saneamento Básico forte, com todos os principais atores, em especial a sociedade, para que juntos possamos desenvolver e fiscalizar o Plano Municipal de Saneamento Básico”, afirmou.
O presidente da Associação de Moradores do Bertaville, César Cruz, disse que esse é um problema antigo, e que os moradores esperam uma solução.
“O questionamento é a forma de tratamento. Nosso problema é o odor no Bertaville. Essa forma de tratamento é ultrapassada, a gente vem batendo nessa tecla há muito tempo. Procuramos o Ministério Público e infelizmente ele não nos assistiu. Foi quando procuramos a defensoria e hoje vemos o resultado. Precisamos de algo concreto, que chega de ‘vai fazer’”, pontuou.
Para a presidente da Associação Comercial da praia das Arnos, Elizabete da Silva, o prejuízo do mau cheiro no local já ultrapassa os R$450 mil se somados os rendimentos de todas as 28 barracas e o baixo movimento nos últimos meses.
“Desde a temporada que o comercio está praticamente fechado. Estamos com a demanda desde a época da temporada, nem existiu temporada. Foi a época mais precária. Alguns colegas já fecharam o estabelecimento porque a taxa de agua e esgoto é muito alta e a energia também. Se o comercio não está funcionando como nós vamos pagar? Sem falar que foram muitos funcionários que foram dispensados. Está muito difícil pra nós. Somos fortes resistentes e nunca abaixamos a cabeça. E se a praia existe é porque nós damos estabilidade a ela”, reforçou.
Ao apresentar os encaminhamentos da reunião, o presidente da Comissão, Tiago Andrino, afirmou que, além da audiência pública e do Conselho Municipal, é preciso que seja fortalecida a fiscalização em todos os níveis para que seja preservada a saúde do lago e se evitem prejuízos, tanto imediatos, quanto a longo prazo.
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