Da redação JM
Na madrugada deste domingo (13), Filipe Martins, assessor especial da Presidência da República, confirmou a prisão do terrorista Cesare Battisti.
“O terrorista italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia esta noite e em breve será trazido para o Brasil, de onde provavelmente será levado até a Itália para que ele possa cumprir pena perpétua, de acordo com a decisão da justiça italiana“, escreveu.
Fugitivo desde dezembro de 2018, o italiano Cesare Battisti foi preso por volta das 16 horas deste sábado (12) em Santa Cruz de La Sierra, no interior da Bolívia. Segundo informações apuradas pelo Corriere della Sera, Battisti tinha uma barba falsa e portava um documento brasileiro com o seu nome. Ele não resistiu e usava um par de óculos para se disfarçar. Fontes da Polícia Federal no Brasil também confirmaram a prisão ao Estadão.
Battisti é ex-membro do Proletários Armados pelo Comunismo, um grupo militante e terrorista de extrema-esquerda que cometeu atos ilegais e inúmeros assassinatos na Itália durante o período conhecido como Anos de Chumbo.
O italiano Cesare Battisti é foragido da Polícia Federal e teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.
Battisti havia sido preso em outubro de 2017, em Corumbá (MS), quando supostamente tentaria atravessar a fronteira do Brasil com a Bolívia com US$ 6 mil e 1,3 mil euros não declarados. Dias depois, o desembargador José Lunardelli, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região atendeu um pedido da defesa e liberou o italiano. O magistrado obrigou o italiano a comparecer à Justiça todo mês, não sair da cidade em que mora sem autorização e usar tornozeleira eletrônica.
Condenado por quatro homicídios na Itália na década de 1970, Battisti. Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. Na época, o então presidente Lula negou a extradição em seu último dia de mandato.
Com informações Conexão Política