Da Redação JM Notícia
A Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Universidade Federal do Cariri (UFCA), no Ceará, apresentou uma resolução que garante cotas para estudantes transexuais e transgêneros na pós-graduação.
Apresentada em minuta, a resolução será submetida ao Conselho Superior Pro Tempore (Consup) da universidade, com deliberação prevista para março de 2018. Caso seja aprovada, os processos seletivos de mestrado e doutorado passarão a oferecer cotas para esses grupos.
Cada programa de pós-graduação terá uma vaga suplementar destinada aos alunos transexuais e transgêneros. Fora isso, 20% das vagas dos programas são destinadas a negros (pretos e pardos) e uma vaga suplementar é destinada para indígenas, e uma vaga para deficientes.
“Nós teríamos quatro vagas para negros, uma para pessoas com deficiência, uma para indígenas e uma para transexuais. Caso haja um candidato que se declare trans e seja aprovado no processo seletivo, ele entraria em uma vaga suplementar”, explica Maria Rosilene Cândido Moreira, coordenadora dos programas de pós-graduação da UFCA.
Processo seletivo será o mesmo
Os estudantes transexuais e transgêneros passarão pelo mesmo processo de seleção que os demais candidatos interessados nos cursos de pós-graduação. A diferença será a autodeclaração feita no momento da inscrição, assim como acontece com negros, indígenas e deficientes.
“Apenas a autodeclaração é necessária. Vai existir um formulário de autodeclaração que eles precisam assinar. Caso contrário, eles concorrerão a vagas de ampla concorrência”, explica a coordenadora.