O princípio do estabelecimento de metas – Por Adenilton Turquete
Esses passos são chamados metas. A visão e a missão permanecerão constantes, mas as metas deverão ser revisadas sempre. Nessa revisão deve-se verificar que metas foram atingidas, analisar as que não foram concluídas, e determinar que medidas corretivas deveriam ser tomadas, e estabelecer novas metas.
Um bom plano para o estabelecimento de metas é definir metas específicas, mensuráveis, atingíveis, realísticas e tangíveis. Cada uma delas deve ser um passo específico, não um desejo vago.
Estabelecer metas não é tarefa simples; exige constantes revisões e readaptações. Sem estabelecer metas a visão de um líder não passa de um sonho. Estabelecer metas implica apenas em escrever os passos para a concretização da visão. Essa concretização pode levar cinco ou vinte anos, mas a visão deve ser divididas em etapas de modo que se saiba o que deve ser executado prioritariamente em cada fase.
Metas específicas
Se alguém disser: “meu objetivo é glorificar a Deus”, isso não é uma meta satisfatória. Trata-se de um anseio válido, mas não descreve um passo que o levará ao cumprimento de sua visão. Seria o mesmo que ouvirmos Noé dizendo: “quero sobreviver ao dilúvio”, ou Neemias dizendo “quero proteger Jerusalém”.
Cada meta deve ser um passo específico, não um desejo vago.
Metas mensuráveis
Sem ter a medida(proporção, dimensão) de uma meta, você não pode controlá-la. Cada meta deve especificar quando e como o resultado será alcançado. Quero trezentas pessoas frequentes por culto, precisamos definir então quando isso será atingido, projetando o crescimento e como realizá-lo. Geralmente, é preciso atingir uma meta antes de iniciar outra.
Metas atingíveis
Estabeleça metas altas, mas não inatingíveis. O Espírito Santo lhe dará sabedoria no estabelecimento de metas. Ele o orientará para que se dedique a metas que com suas próprias forças você poderia atingir, mas que poderá atingir com o poder dele.
O que seria uma meta atingível? Moisés mandou doze espias a Cades-Barnéia para espiar a terra prometida. Eles a descreveram como uma terra que emana leite e mel, e abundante em frutos incomparáveis. Era uma terra desejável, mas o relatos de dez deles sobre “gigantes” aterrorizou ao povo. “Não podemos subir contra aquele povo”, disseram.
Entretanto, dois dos espias, Josué e Calebe, também viram os gigantes, mas afirmaram que a terra era provisão de Deus e que Ele os levaria à vitória. As metas de Josué e Calebe eram inatingíveis do ponto de vista da capacidade humana, mas atingíveis segundo sua fé no poder de Deus. Possuímos o poder do Espírito Santo, e não precisamos depender somente da nossa força.
Metas realistas
Fixemos nosso alvo no que pode ser realmente alcançado, em face dos recursos que dispomos. Não pode um estudante universitário estabelecer como meta ser reitor dessa mesma universidade doze meses após sua formatura, mas se ele propor isso em vinte anos vem a ser mais realista.
Se um homem hoje mal tem o necessário para seu sustento, como pode ter por meta ser milionário amanhã? Ele não estaria sendo realista. Mas se projetar isso em um certo período de tempo, tendo como adquirir gradativamente os recursos, ele estaria sendo realista.
Também é necessário definir medidas concretas e precisas, que serão implementadas no curso dessa meta.
Se uma pessoa pretende evangelizar uma nação inteira dentro de um período de cinco anos, não está sendo realista. Uma razão é que a população continua explodindo. Estabelecer uma meta para treinar um evangelista para cada grupo de mil e quinhentas pessoas no país ao longo dos próximos vinte anos pode ser mais realista. Essa meta é concreta. É precisa. As medidas definidas e tomadas deve ser realistas.
Metas tangíveis
Quando planejamos nossas metas, sempre há alguns detalhes que não podem ser tocados, intangíveis. Podemos executar essas metas executando as tangíveis a elas relacionadas. As metas que colocamos diante de nós devem ser sempre tocáveis, tangíveis.
Por exemplo, se alguém é impaciente, não pode chegar à intangível meta de “obter paciência” simplismente afirmando que é paciente. Tal pessoa deverá estabelecer metas tangíveis que produzem paciência. Ela pode dizer por exemplo: “nos próximos dez dias não vou buzinar quando o motorista à minha frente não perceber que o sinal abriu.”
Devemos basear nossas metas em nosso próprios atos, em vez de faze-lo em atos que esperamos dos outros. Fazer metas tangíveis é o único meio de executar metas intangíveis.
Muitos líderes já se viram frustrados por que basearam suas metas no dinheiro prometido por pessoas, antes de te-lo em mãos, o que não se cumprindo o deixou em prejuízo?
O ideal seria que nossas metas fossem sempre baseadas em fatores que estão sob nosso controle – que nós ou aqueles que trabalham conosco podem fazer. Embora esse seja um fator preocupante em uma Igreja, que depende de voluntários comprometidos na cooperação, e muitas vezes tem um revez quando alguém deixa de lado sua função na obra.
Como dar a partida?
O líder tem uma visão predominante que ele converte numa missão que lhe impulsiona a vida. Mas as metas são muitas. A visão deve ser bastante ampla para ser permanente. As metas irão mudar e se transformar.
Anote, isso mesmo, precisamos aprender a fazer anotações, portanto, anote qualquer idéia que lhe venha à mente. Mesmo que Elas não obedeçam a uma determinada lógica, opdem ser úteis no desenvolvimento das metas.
Reveja constantemente suas anotações, como um jogo de pistas onde se descobrirá o tesouro escondido. Vá descartando as que não fizerem mais sentido e ajuntando as mais importantes. Nessa revisão surgirão novas idéias.
As metas mudam por que mudam as condições. Nossa visão e missão permanecem as mesmas. Alteramos as metas de acordo com a mudança dos tempos.
Conclusão
O estabelecimento de metas traz muitos benefícios. Ter metas simplifica o processo de tomar decisão, fortifica a saúde física e mental. As metas geram respeito, constituem um sistema de aferição de modo a levar à realização. As metas produzem resistência.
Apesar dos benefícios do estabelecimento de metas, muitas pessoas não o praticam. Alguns, por que é trabalhoso, outros por não acreditarem no próprio potencial. Outros temem ser considerados presunçosos por seus colegas de ministério. Todos estes temores podem impedir uma pessoa de estabelecer metas.
O estabelecimento de metas é uma disciplina contínua, ininterrupta. Não se pode elaborá-las de uma vez por todas e esquece-las, devem sempre renová-las de acordo com a necessidade da obra e os objetivos alcançados.
Ore sabendo que tudo dependesse de Deus, mas trabalhe como se tudo dependesse de você! Desista de desistir!
Referência bibliográfica:
John Haggai – Seja um líder de Verdade Com informações Gospel Prime