O governo da Turquia lançou ataques aéreos e promoveu operações militares em terra na região dominada por combatentes curdos, no Iraque. Muitos cristãos estão na região dos conflitos e vivem com temor de serem atingidos pelas operações apoiadas por jatos, helicópteros, drones e forte artilharia. De acordo com o Ministério de Defesa turco, o objetivo da ofensiva é atingir os rebeldes que lutam pelo partido dos trabalhadores curdos no norte do território.
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Dentre os locais atingidos está a região de Sinjar, que faz fronteira com aldeias cristãs e curdas. Muitas famílias deixaram as casas por temer a piora das tensões no território, que também luta contra a COVID-19. O sistema de saúde do país está em colapso por causa da pandemia e a disseminação do coronavírus acontece rapidamente. Um dos contaminados é um líder cristão chamado Martin. O trabalho dele com cristãos em Bagdá tem sido essencial. Ele também já liderou os seguidores de Jesus na cidade de Karamles.
As consequências da COVID-19 na planície do Nínive
A planície do Nínive é onde vive a maioria dos cristãos no país na 15ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2020. A região dominada pelos curdos fechou as fronteiras com o restante da nação por causa da pandemia da COVID-19. Por isso, a população não consegue chegar até o Curdistão para ter acesso a serviços essenciais, como assistência médica. O isolamento fez com que muitas pessoas com doenças crônicas ficassem sem assistência.
Outro problema agravado durante a quarentena foi a violência doméstica. Segundo as estatísticas de uma organização que trabalha pelos direitos das mulheres no Iraque, 63% das iraquianas em isolamento social sofreram violência em casa, onde houve ataques físicos, psicológicos e sexuais. Muita da tensão familiar é impactada pela falta de renda para arcar com despesas básicas, como alimentação e moradia, já que as pessoas perderam os empregos nesse período.