Da redação
Na cerimônia de posse de Jorge Gonçalves, novo secretario de Trabalho e Renda, nesta segunda-feira, na Sala Cecília Meireles, Wilson Witzel não poupou elogios à Igreja Universal. No aceno do governador para a bancada evangélica na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Witzel também comentou que “quem está conectado a Deus não usa drogas”, além de afirmar que muitos trechos da bíblia foram usados na legislação brasileira e na Constituição.
— O PRB é um partido que tem uma expressão nacional muito forte, que tem uma capilaridade gigantesca porque tem entre seus filiados muitos integrantes da igreja Universal e isso é muito importante porque a Igreja hoje está perto da pessoa carente — disse o governador, que manteve o discurso direcionado ao público evangélico.
— Vamos dar instrumentos para a militância do partido atingir essas pessoas. Dar oportunidade ao jovem que está no tráfico de drogas, que ele abandone o fuzil por uma Bíblia. Que aceite Jesus no coração — disse o governador, que acompanhou a cerimônia junto ao secretário municipal de Emprego e Inovação, Renato Moura, e do presidente do PRB-Rio, Luis Carlos Gomes.
A nova secretaria antes era uma subpasta comandada por Lucas Tristão, secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais de Witzel. A Jorge Gonçalves foi atribuída a tarefa de desenvolver programas que possam diminuir a taxa de desemprego no Rio, que hoje atinge 15,1% da população.
— A maior faixa de desemprego está entre os adolescentes. Temos que ter uma gestão com as outras pastas para estimular o empresariado a acreditar no nosso estado. Que há possibilidade de a desigualdade social ser rompida — disse Gonçalves.
A criação da secretaria, de acordo com o governador, tem o intuito de ajudar os trabalhadores a se adequarem ao novo mercado de trabalho, que passa por um momento de crise.
— Ao longo desses meses de governo, percebi que nós precisávamos dar protagonismo a uma área pública, que é de capital importância, e cuidar não só da geração de emprego, mas do novo trabalhismo. Hoje, o Brasil vive uma crise de identidade de trabalho e emprego. Estamos longe do nível de pleno emprego e muitos trabalhadores estão indo para a informalidade. O nosso grande desafio é capacitar essas pessoas para que elas consigam o trabalho formal, mas também para que tenham a oportunidade de empreender — afirmou.