Da Redação do JM Notícia
O transporte público de Palmas foi alvo de uma fiscalização conjunta entre o Ministério Público Estadual (MPE), Defensoria Pública, Procon Tocantins e Observatório Social, na manhã da última sexta-feira, 3. Cerca de 20 representantes destas instituições percorreram estações de ônibus na Capital, entrevistando usuários e avaliando as condições da estrutura dos pontos e veículos.
A operação foi provocada em razão do reajuste do valor da tarifa, que deve subir para 3,50 no mês de junho. Segundo a Promotora de Justiça que atua na área do Consumidor, Kátia Gallieta, o objetivo é impedir o aumento, mas principalmente buscar melhorias no sistema de transporte público de Palmas. As entrevistas e as vistorias realizadas irão compor um relatório a ser divulgado na próxima semana, o qual será utilizado para instruir um Inquérito Civil Público (ICP) que apura a qualidade desse serviço na Capital.
A Promotora de Justiça também destacou que vem recebendo inúmeras reclamações de problemas nos veículos e nos pontos de ônibus. Ela cita como exemplo a queixa de alguns usuários de que alguns veículos com ar-condicionado, por exemplo, só tem funcionado no horário de pico e são substituídos por veículos mais velhos nos outros horários. São solicitações como a de dona Josair Mascarenhas, aposentada e usuária do sistema, que elogiou a Ação, frisando que faltam coberturas nos pontos de ônibus e principalmente medidas que melhorem a segurança dos usuários do sistema de transporte público.
Durante a coleta de dados, uma parte da equipe observou detalhes como as condições de manutenção e conservação da frota de ônibus, o funcionamento do sistema de atendimento às pessoas com necessidades especiais, equipamentos de segurança e sinalização. A outra parte realizou entrevistas com os usuários, questionando aspectos relativos aos itinerários e integrações das linhas, tempo de espera, sinalização dos pontos, superlotação e conforto dos veículos, entre outros.
Reajuste
Sobre o reajuste previsto para junho, a equipe informou que em reuniões da Câmara Temática do Conselho Municipal de Mobilidade e Transporte foram definidas algumas adequações pendentes para que o reajuste fosse autorizado, como a quantidade de ônibus em circulação, estrutura dos veículos, sinalização, lotação de passageiros, dentre outros.
Em uma das reuniões realizadas no início deste ano, ficou definido que era necessária a aquisição de 20 novos ônibus, porém, as reclamações frequentes dos usuários indicam que a medida não foi adotada, reforçando assim a necessidade da fiscalização.(Com informações do Ministério Público Estadual).