Da Redação JM Notícia – Ricardo Costa
A primeira e última vez em que o Tocantins teve um deputado federal eleito na Câmara dos Deputados, foi entre os anos de 1999-2007, tendo como representante dos cristãos no Estado, o então deputado pastor Amarildo Martins da Silva.
Na eleição de 2002, pastor Amarildo Martins, foi eleito o terceiro mais votado, obtendo a marca expressiva de 40.541 votos. No entanto, não conseguiu ser reeleito em 2006. Em 2014, candidatou-se a deputado federal, o ex-vereador pastor João Campos (PSC), e obteve quase 30 mil votos, ficando na 3ª suplência.
Com diversas leis polêmicas envolvendo a família, a igreja e os valores morais que norteiam o comportamento da sociedade, o Tocantins com uma população cristã de mais de 330 mil evangélicos, terá a oportunidade de mudar esse quadro, e eleger novamente um representante em 2018. Mas, não será uma tarefa nada fácil.
No entanto, apesar do expressivo número de cristãos, a classe tem dificuldades de se unir entorno de um único nome ao cargo de deputado federal. Na eleição de 2014, o então candidato pastor João Campos (PSC), bateu à porta de diversas lideranças evangélicas,
para obter apoio, a resposta, foi o silêncio, e acabou não sendo eleito por causa de 7 mil votos.
Na época, Tiago Andrino, Lázaro Botelho e Josi Nunes foram os candidatos que mais obtiveram votos da classe evangélica, inviabilizando a eleição de um cristão na Câmara dos Deputados.
MAIORES
Entre os maiores ministérios assembleianos do Tocantins, podem ser citados: A Assembleia de Deus Madureira, Assembleia de Deus Ciadseta, Assembleia de Deus Cadetins, Assembleia de Deus Missão – Projeto Restaurando Vidas, Assembleia de Deus Catedral da Missão entre outros.
Todos esses ministérios, somam mais de 90 mil cristãos no Tocantins, número suficientes para elegerem um deputado federal. Os Batistas, a Igreja Quadrangular, Mundial do Poder de Deus e Universal, também possuem um número expressivo de evangélicos no Estado.
De olho nesse segmento, diversos candidatos já estão adentrando no meio evangélico, entre eles, Dorinha Seabra, Lázaro Botelho, César Halum, Josi Nunes e o pré-candidato a deputado Adir Gentil, subprefeito da região Sul de Palmas.
Em Gurupi, a Assembleia de Deus Madureira tende apoiar à reeleição da deputada federal Josi Nunes. Em Araguaína, a Assembleia de Deus Ciadseta, presidida pelo pastor Paulo Martins, a tendência é apoiar o deputado Lázaro Botelho. Em Palmas, a Assembleia de Deus Ciadseta – Taquaralto, pode apoiar Adir Gentil, e por aí vai…e nenhum dos nomes citados é evangélico, e não se ver eles em Brasília votando a favor da família (os eleitos).
A pergunta a ser feita? Tem como eleger um representante cristão em 2018?
BRASÍLIA
Consciente desta necessidade, diversas lideranças cristãs no Brasil, têm se unido em seus Estados para terem em Brasília, o maior número de cristãos possíveis. Atualmente, a Bancada Evangélica é 87 parlamentares.
Entre os eleitos, está o pastor Marco Feliciano, deputado pastor Paulo Freire, pastor Eurico, pastor Ezequiel Teixeira, pastor Sóstenes Cavalcante, pastor Ronaldo Fonseca, pastor Silas Câmara, pastor Takayama, pastor João Campos, entre outros.
A Assembleia de Deus é a que predomina na bancada evangélica com o maior número de parlamentares, seguido pela Igreja Universal do Reino de Deus e da Igreja Batista. Dos 91 parlamentares da bancada na Câmara (titulares e suplentes em exercício + afastados para exercerem cargos públicos), mais da metade (50) pertence a estas três igrejas (26 na primeira e 11 na segunda e 12 na terceira).
O presbiterianismo tem seis representantes e configura a segunda força entre as igrejas históricas. Os demais parlamentares seguem distribuídos em 22 denominações diferentes.
Por Ricardo Costa – Jornalista, gestor público e estudante do curso de Direito