Da Redação JM
O médium João de Deus se entregou à polícia neste domingo (16), às 16h20, em uma estrada de terra em Abadiânia, na região central de Goiás. João de Deus é acusado de abusos sexuais durante tratamentos espirituais e sua prisão foi determinada pela Justiça na tarde de sexta (14), a pedido do Ministério Público (MP-GO) e da Polícia Civil de Goiás.
O caso abalou o país após centenas de mulheres e a própria filha denunciarem os abusos cometidos pelos médium.
Teólogo comenta
O escritor e teólogo assembleiano Gutierres Siqueira comentou o caso fazendo um alerta ao povo evangélico sobre a necessidade de estar alerta e não se deixar ser subjugado por falsos mestres que do mesmo modus operandi que João de Deus, usam de sua influência e poder para cometer atrocidades contra inocentes.
“Nunca aceite em sua comunidade um líder que usa do carisma para exercer um poder incontestável, paternalista e sectário. Quando Jesus disse que a ninguém deveríamos chamar de pai em seu sermão contra os fariseus (Mateus 23.9), Ele estava dizendo que deveríamos abominar lideranças paternalistas, ou seja, aqueles sujeitos que vendem a ideia de dependência absoluta da sua própria autoridade.“, disse Siqueira.
Confira:
JOÃO “DE DEUS” E OS FALSOS MESTRES
Ontem assisti três reportagens sobre o médium espírita autodeclarado João de Deus. Segundo as apurações dos jornalistas, as acusações de abuso sexual começaram ainda na década de 1980, mas sempre foram ignoradas pelas autoridades. O médium mandava e desmandava na cidade. Mesmo sendo de outra religião, o caso do João de Deus deve servir de alerta para nós. O apóstolo disse que os falsos mestres têm “os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e têm o coração exercitado na ganância” (2 Pedro 2.13). Ou seja, os falsos mestres são compulsivos, ambiciosos e buscam exercer poder sobre pessoas vulneráveis, manipulando mentes e corações em troca de riqueza, sexo e autoridade. Nunca aceite em sua comunidade um líder que usa do carisma para exercer um poder incontestável, paternalista e sectário. Quando Jesus disse que a ninguém deveríamos chamar de pai em seu sermão contra os fariseus (Mateus 23.9), Ele estava dizendo que deveríamos abominar lideranças paternalistas, ou seja, aqueles sujeitos que vendem a ideia de dependência absoluta da sua própria autoridade.