Peritos da Polícia Científica do Estado e pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) se unem para criar um equipamento que pretende revolucionar a metodologia de trabalho da Perícia Criminal, por todo o País. Esse é o desafio do ambicioso projeto que durante esta semana, reuniu Peritos Oficiais das áreas de crimes contra a vida, acidentes de tráfego e crimes contra o patrimônio, no Auditório da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para mais uma etapa de discussões, sugestões e ajustes, visando o aprimoramento do produto final.
Se para o Superintendente da Polícia Científica, Gilvan Nascimento Nolêto, o êxito do projeto significará um salto de qualidade, para peritos de campo que, ao exemplo dele próprio, sempre trabalharam de forma rudimentar, fazendo retrabalhos com seus apontamentos, o aplicativo e-Perícia será revolucionário.
Além de possibilitar a coleta de dados, fotografias e informações de georeferenciamento, a partir de um tablete, o aplicativo e-Perícia poderá fazer o envio instantâneo das informações periciais, diretamente para a central, no Instituto de Criminalística, agilizando os trabalhos e permitindo mais amplitude das informações necessárias a uma melhor investigação criminal.
O aplicativo, que está sendo desenvolvido pela UFT, em parceria com a Polícia Científica do Tocantins, não é apenas um produto genuinamente tocantinense, vale ressaltar que ele também foi um dos 10 escolhidos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública/Ministério da Justiça, depois de concorrer com 32 projetos de tecnologia de todo o Brasil.
“Se, para a Senasp esse aplicativo vai fornecer os dados estatísticos que ela necessitava para planejar políticas públicas de segurança, para nós, nos Estados, significa sair dos apontamentos a lápis, quase estaca zero, para um salto tecnológico”, avalia a perita Valéria Viana.
Ascom