Da Redação JM Notícia
O treinador dos Santos, Levir Culpi, vetou a entrada de pastores em dia de concentração para a realização de cultos junto aos jogadores evangélicos que fazem parte do time.
Segundo ele, impedir o uso da religião nas concentrações faz parte das regras do ambiente de trabalho e que a atitude não partiu da diretoria do time. “Aqui é local de trabalho”, disse. “Se abrir para religião, tem que abrir para todas, muçulmana, tudo. Aqui se faz futebol. Saiu do portão, vamos frequentar qualquer igreja”, declarou o técnico.
O time tem um histórico ligado às igrejas evangélicas, diversos atletas do time são cristãos e os cultos fazem parte dos encontros dos atletas. Ricardo Oliveira, por exemplo, evangelizou muitos de seus colegas de elenco.
Muitos cultos que aconteceram nas concentrações tiveram Ricardo como pregador, oficio que ele pretende seguir quando abandonar a carreira. Mas a decisão do técnico, não atinge apenas os evangélicos, mas todos os jogadores de todas as crenças.
“O que eu penso é que eu não quero culto religioso, por exemplo, eu não quero que o padre vá rezar uma missa dentro do Santos, do CT. Nem que vá uma freira, nem que vá um pastor, um caboclo ‘mexerica’, não é isso”, exemplificou o treinador em entrevista para a TV.
Culpi declarou que não é contra as manifestações de fé dos jogadores e que até gosta quando eles oram antes de iniciar uma viagem, mas não é a favor de culto dentro da concentração. “Lá no Santos nós fazemos isso: o ônibus vai sair, as pessoas dão a mão e fazem uma oração para viajar, eu acho isso muito legal. Você se sente bem, se sente unido. Não faz mal para ninguém.”
Ele também não é contra que os jogadores se unam para ler a Bíblia, apenas não quer que líderes religiosos estejam presentes no treinamento dos atletas. “Eu sou agnóstico, mas respeito a todos e acho que é isso que deve ser feito. Só que no local de trabalho, cara? Local de trabalho é local de trabalho. Só isso, saiu do trabalho, você está liberado para ir onde você quiser”, reafirmou Culpi.