Da Redação JM Notícia
Segundo uma reportagem da revista Veja São Paulo, a presidiária Suzane Richthofen, condenada pela morte de seus pais, se encontrou com um pastor para demonstrar interesse em ser missionária.
O encontro aconteceu entre ela, seu noivo, o empresário Rogério Olberg, e o pastor Euclides Vieira, da Igreja do Evangelho Quadrangular em Itapetininga. O pastor confirmou o encontro com o casal, disse que eles pediram orientação sobre como exercer o ofício de pregador para levar o Evangelho para moradores de rua e usuários de drogas.
“Perguntei a Suzane se ela está preparada para a possibilidade de as pessoas se levantarem e irem embora da igreja, para andar na rua e ouvir xingamentos”, declarou o pastor. “Ela olhou firme nos meus olhos, afirmou que faria aquilo por Deus e enfrentaria o que viesse. Senti bastante firmeza.”
Olberg é evangélico e se apaixonou por Suzane por visitar sua irmã, Luciana, que está presa no presídio de Tremembé. Ele começou a trocar cartas com Suzane “no intuito de evangelização”, mas logo se apaixonaram.
Sempre que a presa consegue uma saída provisória, como aconteceu em maio pelo Dia das Mães, o empresário evangélico busca sua noiva e a leva para seu sítio.
Na próxima saída de Suzane, no Dia dos Pais em agosto, ela poderá fazer a sua primeira pregação em uma casa de recuperação para dependentes químicos onde o pastor Vieira é coordenador. Olberg já pregou nesse espaço e falou aos usuários em reabilitação que sua “futura esposa é a mais odiada do Brasil”.
Suzane fará curso teológico por correspondência
O pastor Vieira, interessado em ajudar o casal, sugeriu que Suzane faça um curso básico de teologia à distância oferecido pelo Instituto Teológico Quadrangular.
Depois de terminar o curso, que será enviado pra ela por correspondência, ela fará uma prova e depois passará por uma entrevista com a liderança da igreja para atestar sua capacitação.
“Nessa etapa, sentimos a espiritualidade e a verdade do candidato, então nenhum ator consegue nos enganar”, garante o pastor Davi Rodrigues, membro do Conselho Nacional de Diretores da Quadrangular.
A igreja acredita na segunda chance e não mostrará preconceito com a presidiária condenada a 39 anos de prisão. “Toda pessoa tem direito a uma segunda chance, se estiver mesmo arrependida”, declarou o pastor.
O próprio pastor Vieira teve uma segunda chance, ele se converteu e conseguiu vencer um vício de cocaína. Por isso ele fundou a clínica de reabilitação. Como pastor de Olberg, ele incentivou o relacionamento e afirma que “o perdão vem de Deus”. Com Informações Veja São Paulo.