Da redação
O primeiro suplente do Senado Siqueira Campos (DEM), 90 anos, irá assumir a vaga do senador Eduardo Gomes. A solenidade está marcada para ocorrer nesta terça-feira, às 16 horas, em Brasília.
Conforme a assessoria de comunicação de Eduardo Gomes, o parlamentar irá se licenciar para prestar uma homenagem a Siqueira. O suplente deve ficar poucos dias na vaga. Para Gomes, ceder o cargo ao ex-governador já era programado entre os dois. “O Siqueira é o governador que criou o Estado e estava na Constituinte como deputado federal e agora, depois de 30 anos, volta ao Congresso como senador”.
No período eleitoral de 2018, Siqueira estava internado em um hospital da rede privada de Palmas e, por meio de uma ligação, conferiu ao Jornal do Tocantins no dia 15 de agosto também do ano passado que não irá mais disputar o cargo de senador nas eleições gerais de 2018. Ele estava registrado com o candidato na chapa encabeçada pelo governador Mauro Carlesse (PHS). “A rigor, minha carreira está encerrada”, declarou Siqueira ao jornal.
E justificou: “fiz 90 anos no último dia 1º de agosto, mas não foi a idade que me fez tomar essa decisão e sim os problemas de saúde que tenho enfrentado, cada dia é um problema. Não tenho condições de ir para o interior como os companheiros esperam”.
Siqueira é ex-governador do Tocantins e irá completar no dia 1° de agosto, 91 anos de idade.
O político foi o primeiro governador do Tocantins e já exerceu o cargo em quatro mandatos. Ele também ocupou durante muitos anos uma cadeira no Congresso, como deputado federal. Além disso, Siqueira foi o parlamentar responsável pela Constituinte e relator da Subcomissão dos Estados da Assembleia Nacional Constituinte, tendo redigido e entregado ao presidente da Assembleia, na época deputado Ulisses Guimarães, a fusão de emendas (conhecida como Emenda Siqueira Campos) que, aprovada, deu origem ao Estado do Tocantins, com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
A criação do Tocantins, pelos deputados membros Assembleia Constituinte, finalizou uma luta de quase 200 anos dos moradores do então Norte de Goiás em prol da divisão do Estado.
(Com JTo)