Da Redação JM Notícia
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (SINTET) afirmou na tarde desta sexta-feira (22) que a categoria rejeitou o acordo proposto pelo Prefeito de Palmas, Carlos Amastha.
A decisão apresentada pelo prefeito foi de pagar a data-base até dezembro de forma escalonada e as progressões e titularidades serão pagas até abril de 2018, ou seja, os servidores que ganham de R$2 mil até R$3.500, terão sua data-base paga a partir deste mês de outubro. Já os servidores com salários de R$3.500 a R$5 mil, receberão a data-base a partir de novembro. Em dezembro será a vez do pagamento para aqueles que recebem acima de R$ 5 mil.
Amastha, porém, afirmou que manterá o corte de ponto, declarando que não irá pagar o valor referente aos dias que os profissionais estão de greve. Sobre a eleição de diretores, o chefe do Executivo declarou que irá realizar a eleição, mas a forma apresentada desagradou ao sindicato.
Diante disto, o Sindicato resolveu que a greve de professores da rede municipal deve continuar, pois, a Prefeitura não atendeu a todos os pontos reivindicados pelos profissionais da Educação.
Entre os pontos não aceitos na proposta de Amastha o Sintet lista:
- Eleição para diretores;
- Negociar o acordo de greve de 2015, que nunca foi cumprido;
- Rever o corte de ponto, uma vez que, existem 7 trabalhadores que está há 45 horas em greve de fome protestando contra o corte de ponto; e
- Discutir o plano de carreira dos profissionais, levando em consideração que existem trabalhadores que estão sem plano de carreira desde 2013.
“Portanto, enquanto todas as reivindicações não forem cumpridas conforme a lei, a greve continua por tempo indeterminado”, declara o sindicato que lidera a paralisação que já dura 18 dias.
“E o Sintet também afirma que necessita de mais diálogo entre sindicado e o Prefeito Carlos Amastha”, completa o representante do Sindicato.
Greve de fome dura mais de 45 horas
A greve de fome dos profissionais da educação municipal teve início às 18h00 da última quarta-feira (20) e o grupo permanece na Câmara Municipal de Palmas sem se alimentar, passando de 45 horas.
O ato foi motivado pela falta de diálogo com a gestão municipal. “Tomamos essa decisão de entrar em greve de fome porque não acreditamos mais no diálogo. Já tentamos diálogo por meio da Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa e até mesmo diretamente no gabinete do Secretário Municipal de Educação, porém, não houve evolução. Essa greve de fome é em solidariedade ao não corte de pontos dos trabalhadores e trabalhadoras da educação que têm famílias a sustentar, e assim vamos continuar com a greve de fome até que seja dada a segurança, por parte da gestão municipal, do não corte de pontos dos trabalhadores, esses que reivindicam apenas o cumprimento de leis”, afirmou Fábio Lopes ao JM Notícia.