O Governo do Tocantins informou na última sexta-feira (1º) que suspendeu por 30 meses a concessão de progressões e reajustes nas gratificações de servidores públicos. A medida, de acordo com o Palácio Araguaia, é necessária para evitar que seja decretado estado de calamidade financeira. As evoluções e progressões que já estavam previstas para o período legal não serão afetadas.
No entanto, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins, SINPOL-TO, afirmou que a medida ataca diretamente os direitos adquiridos ao longo dos anos pelos servidores públicos do Estado do Tocantins.
De acordo com o SINPOL-TO, “suspendendo pelo período de 30 meses, o reajuste de gratificações, de verba indenizatória, de indenização pecuniária, de produtividade por desempenho de atividade, de ressarcimento de despesa, além da suspensão das concessões de progressões funcionais, o Governo traz instabilidade aos trabalhadores e aos seus planejamentos financeiros”.
Ainda de acordo com a categoria, para os Policiais Civis, em específico, a medida suspende inclusive as análises das progressões funcionais, e assim, contradiz o discurso de campanha do atual Governador, demonstrando desrespeito a estes servidores, peças fundamentais na engrenagem da administração pública. Homens e mulheres que saem todos os dias das suas casas e colocam suas vidas em risco, trabalhando por uma segurança melhor para cada cidadão. Com a Medida, o Governo desvaloriza todos estes esforços.
“Vale lembrar também, que já trazemos uma herança negativa da última gestão, que igualmente suspendeu os direitos dos servidores, e nós, policiais civis tivemos que recorrer a justiça para mante-los. Este tipo de atitude traz sérias consequências no trabalho diário de nossos profissionais, esperamos que possa haver uma reconsideração por parte do Governador Mauro Carlesse”, finalizou o presidente do SINPOL-TO, Ubiratan Rebello.