Da Redação JM Notícia
Nesta quarta-feira (29) o presidente da CUT, Vagner Freitas, esteve em Brasília em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pedindo para que a Reforma da Previdência seja retirada de pauta.
Maia prometeu dar uma resposta nesta quinta (30), mas o sindicalista acredita que o presidente da Câmara está apenas tentando ganhar tempo enquanto conquista votos dos deputados para aprovar o principal projeto do governo de Michel Temer.
Por conta disto, Freitas propõe uma greve geral contra a Reforma da Previdência. “Vamos fazer uma ampla greve nacional no dia 5, vamos ocupar as ruas, cruzar os braços, fazer assembleia, deixar bem claro para os deputados que não vamos aceitar de forma alguma o fim de nossas aposentadorias”, declarou ele em coletiva de imprensa.
O sindicalista afirmou que a maioria dos brasileiros rejeita a reforma e denuncia que o objetivo de Michel Temer é acabar com a aposentadoria pública no Brasil.
A pesquisa CUT-Vox Populi realizada no fim de outubro realmente apontou que de 85% dos entrevistados contrários à reforma da Previdência, e outros 71% acreditam que, se a nova proposta de Temer for aprovada, não vão conseguir se aposentar.
“A saída é a mobilização, é a greve, o melhor instrumento que os trabalhadores e as trabalhadoras podem usar para inibir a votação do fim da aposentadoria”, disse Vagner.
“Golpistas” contra os trabalhadores
Ainda segundo o sindicalista, Temer se mantém em um “governo ilegítimo e golpista” e tenta tirar direitos sociais e trabalhistas dos brasileiros às vésperas das eleições presidenciais.
“A gente percebe o medo que os deputados têm de aprovar uma medida como essa e não ser reeleito em 2018. A CUT construiu esse consenso de que quem aprova a reforma da Previdência é um traidor da classe trabalhadora”, concluiu.