Foto: Garoto deita-se sobre os caixões de seus parentes, foram mortos após um ataque contra ônibus de cristãos em Minia, no Egito – 26/05/2017 (Ibrahim Ezzat/NurPhoto/Getty Images)
O 16º Relatório da Liberdade Religiosa no Mundo, elaborado pela fundação Ajuda à Igreja que Sofre, revela que aproximadamente 4,9 bilhões de pessoas vivem em países onde a liberdade religiosa é gravemente violada. Dos 196 países analisados, 61 (31,1%) apresentam violações à liberdade religiosa, com 28 países registrando perseguição, e outros 33 evidenciando discriminação religiosa.
O estudo destaca que, desde 2021, houve aumento no ataque a locais de culto, impunidade aos agressores em 36 países, mortes ou sequestros de pessoas por razões religiosas em 40 países e piora na situação da liberdade religiosa em 47 nações. O relatório aponta que o nacionalismo étnico-religioso, o extremismo islâmico e governos autoritários são os principais agressores, com destaque para casos específicos em diferentes regiões do mundo.
O documento também destaca tendências preocupantes, como a ascensão de califados oportunistas na África, divergências no mundo islâmico expondo jovens a grupos terroristas e o aumento da perseguição entre muçulmanos. Além disso, ressalta o aumento de agressões contra a comunidade judaica no Ocidente, raptos, violência sexual e conversões religiosas forçadas, especialmente na África Ocidental e no Paquistão.
O relatório evidencia a proliferação de legislações restritivas à conversão religiosa, a inserção de conteúdos depreciativos em manuais escolares na Índia e no Paquistão, e a cultura do cancelamento no Ocidente, afetando a liberdade religiosa. Apesar desses desafios, destaca-se um aumento nas iniciativas de diálogo inter-religioso e a participação recorde em celebrações religiosas após o período de confinamento relacionado à COVID-19.
Com Brasil Paralelo