Frustrados. Foi assim que os representantes das entidades classistas que integram o Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado do Tocantins (MUSME-TO) saíram da reunião desta quarta-feira, dia 08, com o Governo do Estado. Os sindicalistas aguardavam que o Governo apresentasse uma nova proposta para o pagamento dos retroativos da data-base 2015, bem como sobre a incorporação do índice referente a 2016. No entanto, não foi o que ocorreu.
Cerca de 35 sindicalistas participaram. Da equipe do Governo, estavam presentes: o secretário-geral de Governo e Articulação Política, Lívio Luciano Carneiro de Queiroz; o secretário da Administração, Geferson Oliveira Barros Filho; o subsecretário da Fazenda, Paulo Antenor de Oliveira; e o secretário da Comunicação Social, Rogério Silva.
Na discussão, que começou às 11 horas e seguiu até às 13h30, no Palácio Araguaia, a equipe do Governo afirmou que o Estado não tem condições de apresentar outra proposta que não seja a seguinte: pagar o retroativo de 2015 em parcelas que irão se estender até o final do mandato de Marcelo Miranda, sem pagar a data-base 2016 neste ano. O motivo, segundo o Comitê Gestor, é a ausência de recursos financeiros.
Essa mesma proposta já havia sido rechaçada pelos Sindicatos anteriormente.
Os representantes dos servidores questionaram os secretários a respeito do alto número de contratos temporários, cargos comissionados e falta de medidas efetivas que reduzam o custeio da máquina pública. Também reforçaram que os servidores do Poder Executivo que estão com progressões e outros direitos atrasados, não podem ficar com mais esse ônus, pois a culpa pela má gestão administrativa não é do servidor efetivo. Eles tentaram, de todas as formas, dialogar com o intuito de que o Governo melhorasse a proposta feita. No entanto, a equipe mostrou-se irredutível e não reformulou a proposta.
Os sindicalistas, então, alertaram o Governo sobre a real possibilidade de deflagração de uma greve geral, de todas as categorias, o que prejudicaria muito os serviços em todo o Estado. “Parece não nos restar outra alternativa para garantir o direito do servidor. A categoria não aguenta mais e nós queremos deixar bem claro que é a postura do Governo do Estado que vai refletir a postura do servidor”, pontuaram os presidentes.
ESTRATÉGIAS A PARTIR DE AGORA
Após a reunião com o Governo, os integrantes do MUSME-TO seguiram para reunião conjunta das entidades classistas na qual serão discutidas estratégias de mobilização frente ao posicionamento do Governo. A reunião está acontecendo na sede do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Tocantins (Sindifiscal) e, ao final, será emitido um comunicado.
As entidades também estão organizando as Assembleias Gerais que vão reunir os servidores públicos para deliberar sobre os rumos do movimento. (Assessoria MUSME-TO)