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Sérgio Moro focará no eleitorado evangélico, mas não fará comício em cultos

O pré-candidato à presidente da República, o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) terá o advogado Uziel Santana, ex-presidente da ANAJURE, como coordenador do núcleo evangélico.

Em entrevista ao site Poder 360º Santana revelou que o ex-juiz da Lava Jato terá um programa de governo voltado para o grupo religioso que foi responsável pela vitória de Jair Bolsonaro em 2018.

“O Sergio Moro vai ter um programa voltado para esse segmento, mostrando que não cabe ao poder público interferir na vida privada do cidadão, na educação”, declarou.

Segundo ele, a campanha de Moro “buscar fortalecer o papel que as famílias desempenham na formação dos filhos”, por entender que o Estado não pode dizer como os pais devem educar moralmente seus filhos.

No momento, Santana tem procurado lideranças evangélicas de vários segmentos para construir um diálogo amplo com todas as vertentes evangélicas que são as igrejas históricas, tradicionais, pentecostais e as neo-pentecostais.

Outra decisão que o advogado já tomou é não permitir que Moro participe de comícios em cultos, uma grande polêmica que está para ser determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Ele pode ir como fiel, mas não para se apresentar como candidato. É um princípio que vai nortear a campanha. Já temos tido reunião com líderes e com os fiéis diretamente, fora do momento de culto”, disse Santana.

Pautas morais x evangélicos

Segundo o advogado, há 30% do segmento evangélico que já pende para votar em uma 3ª via. O coordenador da campanha acredita que muitos religiosos estão insatisfeitos com o atual presidente porque ele abandonou a luta contra a corrupção. Ainda de acordo com ele, um grupo de igual tamanho ainda indeciso e outros 30% ligados ao bolsonarismo de “modo ideológico”.

O tom do ex-juiz Sérgio Moro na campanha será de “conservador democrata”, segundo Uziel Santana. “Existe um conservadorismo impositivo, e não é o caso dele [Moro]. Ele sabe dialogar, entende que o país é plural. Posições morais conservadoras não podem ser impostas por ele”.

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