O Rio Day – Segurança aconteceu no Senado Federal, em Brasília, no dia 09 de agosto, por iniciativa do Instituto Coalizão Rio, do Campo Olímpico de Golfe e das empresas Animabr e Take the Lead.
O evento reuniu parlamentares, gestores públicos e representantes da iniciativa privada com o objetivo de debater sobre os inúmeros desafios que envolvem a segurança pública na cidade maravilhosa.
A violência é um problema histórico no estado e, em especial, na cidade do Rio de Janeiro. Rotulada com uma das mais violentas do país, até hoje, nenhum dos chefes do executivo que por lá passou, conseguiu resolver o problema.
Todos fracassaram miseravelmente na missão de combater o crime organizado e fortalecer as forças policiais. Um problema que tem se perpetuado e que afeta a economia e a rotina da população em diversos setores e sentidos.
A Bancada do Rio de Janeiro é composta por 46 parlamentares, mas apenas 7 compareceram ao evento. Entre eles, o deputado federal Otoni de Paula (MDB/RJ), reconhecido por fazer discursos com duras críticas e cobranças ao Prefeito Eduardo Paes no tocante à segurança pública.
Convidado a compor a mesa, Otoni usou seu tempo de fala para lembrar a Lei nº 13.675/2018, que originou o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). A iniciativa se tornou um verdadeiro marco na história do combate à violência, pois permitiu que os órgãos de segurança pública, como as polícias civis, militares e federal, as secretarias de segurança e as guardas municipais passassem a ser integrados para atuar de forma cooperativa, sistêmica e harmônica.
O parlamentar destacou que o regulamento foi essencial no sentido de evidenciar a responsabilidade e o papel das prefeituras no tocante ao ordenamento da lei e, desde aquele ano, o Rio de Janeiro, assim como os demais municípios brasileiros, deveria se adequar e buscar a integração no sistema.
Mas, ao contrário do que se esperava, cinco anos depois, ainda não é possível constatar a eficiência das forças de segurança da cidade maravilhosa, trabalhando de maneira integrada, e resultando em uma real redução da violência.
O parlamentar acredita que, parte do problema, se dá porque a prefeitura insiste em ignorar e minimizar o trabalho da guarda municipal. Otoni lembrou que no Rio de Janeiro são quase 8 mil guardas, totalmente desmotivados, por estarem limitados a trabalhar cuidando de praças, estátuas e carros, ao invés de prezar pelo maior patrimônio do município, a população.
Para Otoni, a guarda municipal precisa ser qualificada e integrada ao sistema, a fim de trabalhar de maneira preventiva, auxiliando no combate aos crimes de menor potencial ofensivo e fazendo valer a Lei 13.675.
Vale Ressaltar que de dados oficiais de setembro de 2021, o Rio de Janeiro, Brasil, já conhecido por enfrentar desafios significativos relacionados à criminalidade. O índice de criminalidade na cidade tem sido historicamente alto, com uma série de problemas que incluem homicídios, assaltos, furtos, tráfico de drogas e outros crimes violentos.
Alguns fatores contribuintes para o alto índice no Rio de Janeiro incluem desigualdade socioeconômica, falta de oportunidades para jovens em áreas de risco, presença de grupos de tráfico de drogas e milícias, corrupção policial, infraestrutura precária em algumas áreas e falta de investimentos em políticas de prevenção e segurança.
A cidade frequentemente enfrenta desafios na aplicação da lei e na segurança pública, com esforços contínuos para combater o crime e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Operações de segurança pública, como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), foram implementadas em algumas comunidades para tentar controlar a criminalidade, mas essas iniciativas nem sempre tiveram sucesso duradouro devido a vários obstáculos.
É importante notar que a situação da criminalidade pode ter evoluído desde de 2021.