Da Redação JM Notícia
A Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara de Palmas aprovou nesta terça-feira (21) o pedido do vereador Lúcio Campelo (PR) para convocar gestores para prestar esclarecimentos sobre a palestra de sexualidade apresentada na Escola de Tempo Integral Anísio Spínola Teixeira.
A solicitação do vereador é para que o secretário de Educação, Danilo de Melo, e o secretário de Juventude, Nahylton Alen, compareçam nesta quinta-feira (23) para responder as dúvidas dos vereadores a respeito das denúncias dos alunos.
“Seria interessante que os gestores viessem livremente nessa quinta, pois o episódio ocorreu semana passada, e precisa ser discutido o quanto antes”, declarou Campelo.
Vários pais de aluno do ETI estão procurando os vereadores e relatando o que os seus filhos viram durante a palestra realizada na escola no dia 14 de novembro. Entre eles um menino de 12 anos que relatou em detalhes a aula sobre sexo oral e anal ministrada pela palestrante.
“A sociedade, e principalmente os pais daqueles alunos, estão cobrando esclarecimentos sobre o ocorrido na escola Anísio Teixeira. É papel desta Câmara buscar essas informações e apresentar a população”, defendeu.
O presidente da CCJR, Diogo Fernandes, foi o primeiro a manifestar o seu voto favorável ao pedido de Lúcio Campelo, declarando que ficou perplexo com o que ouviu dos alunos durante reunião realizada na escola na última segunda-feira (20).
“Em uma Escola Municipal da cidade, decidiram utilizar uma manhã de estudo para elucidar crianças e adolescentes sobre práticas sexuais” relatou. “Pelos relatos que ouvimos, qualquer pai ou mãe ficaria chocado com os absurdos que transmitiram a estes alunos”, declarou Diogo Fernandes.
Os demais vereadores da comissão também votaram favoravelmente ao pedido e os secretários serão convocados para estarem na Câmara na próxima quinta-feira.
Projeto “E Agora”
A palestra que tem gerado polêmica na cidade faz parte do projeto “E Agora”, realizado pela Fundação Municipal da Juventude de Palmas, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação.
Quando as denúncias dos pais de alunos começaram a surgir na imprensa a Fundação da Juventude declarou que o tema sexualidade faz parte da palestra, assim como drogas e tecnologia.
“Os conteúdos drogas, tecnologia e sexologia explanados durante os eventos, são resguardados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que reafirma a necessidade de levar informação aos adolescentes e jovens, sendo esse o enfoque principal realizado dentro do projeto”, diz a nota.
Já a Secretaria de Educação tentou anular os relatos das crianças dizendo que são “informações distorcidas com a intenção de viralizar pelas redes sociais”. A nota nega que o tema sexo seja abordado nas palestras.
“A proposta real das palestras foi tratar de assuntos sobre drogas e tecnologia, além de levar os profissionais da área da saúde mental, para esclarecer dúvidas e conscientizar a fase adolescente sobre cuidados e prevenções. O público-alvo são alunos do 8º ao 9 º ano”, diz a nota.