Muitos estereótipos envolvem o trabalho do profissional formado em secretariado, a começar pelo curso que muitas pessoas julgam como exclusivo para o público feminino. Embora em menor número, os homens estão inseridos na área e, também, lutam para quebrar estigmas associadas à profissão.
O secretário Anderson Miranda foi o único aluno do sexo masculino da sua turma. Formado em Secretariado Executivo, em 2019, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), ele diz que sentiu o preconceito vindo de quem não entendia a sua profissão.
“As meninas sempre foram muito receptivas e me apoiaram. Eu sentia um pouco de julgamento quando eu contava para pessoas de fora da universidade. Fiz algumas seletivas e, também, não sentia que ali havia algum julgamento, apesar de que ainda vejo vagas de emprego em que optam somente pelo sexo feminino”, conta.
A vontade de Anderson de ingressar na faculdade de Secretariado Executivo se deu justamente pelo curso ser aberto a qualquer pessoa e pela grade curricular ofertar uma infinidade de disciplinas que unem dois de seus maiores interesses profissionais: administração e idiomas.
“Na graduação, logo de início temos matérias de introdução à Administração, língua portuguesa e idiomas, que na UFBA são inglês e espanhol. Isso dá uma ideia geral de como vai ser o decorrer do curso. As disciplinas focam muito na boa comunicação e assessoramento, duas das principais atribuições da profissão. Muita gente não sabe, mas pegamos matéria sobre Relações Públicas, Economia, Psicologia e também uma matéria de teatro que trabalha a nossa dicção”, explica o profissional.
Em relação ao dia que comemora a profissão, regulamentada desde 1985, a comemoração se baseia na defesa pelos direitos da categoria, além de reforçar o caráter plural da profissão. “Eu acredito que a existência dessa data é importante, pois ajuda no reconhecimento da profissão, de sua importância. Além de ajudar na popularização, tendo em vista que muita gente nem sabe o que faz a pessoa formada em secretariado executivo”, conclui Anderson.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil