Se a chuva não cair, muitos cristãos poderão morrer de fome na Mauritânia

África sofre com seca, na foto imagem de um casal de Sahel, região africana que assim como Mauritânia sofre com uma seca prolongada

No ano passado, a República Islâmica da Mauritânia ocupava o 48º lugar da Classificação da Perseguição Religiosa, e o fato de não estar classificada entre os 50 países, em 2016, não quer dizer que a perseguição parou. Atualmente, o país está na 55ª posição entre os que mais perseguem os cristãos no mundo, principalmente por causa do extremismo islâmico e as leis de apostasia em vigor. O islamismo é a religião oficial e a conversão ao cristianismo é vista como uma ofensa criminal, punível com pena de morte.

Nos últimos meses, o país que faz parte da região desértica da África Subsaariana e também do Grande Magrebe, tem enfrentado uma temporada difícil com a seca severa. Se a chuva não cair, muitos cristãos poderão morrer de fome. Não é fácil encarar a realidade na Mauritânia, mas os cristãos têm enfrentado as dificuldades por meio da fé em Cristo. Na última matéria divulgada sobre o país, um dos cristãos disse: “Deus está no controle de todas as coisas, e se nascemos neste país, devemos lutar para encontrar uma forma de sermos cristãos fieis, independente da nossa situação. É difícil viver com toda essa pobreza, mas a nossa riqueza não está nas coisas corruptíveis desse mundo, e sim nos tesouros espirituais que chegam até nós através do céu”, declarou Ahmed*.

A pequena igreja no país, que já é isolado do mundo geograficamente, é composta apenas por algumas centenas de fieis, que não podem ser esquecidos pela igreja livre de perseguição. A minoria mais perseguida é composta por trabalhadores migrantes cristãos. Eles estão aprendendo novas habilidades nos negócios, criando certa independência, o que tem chamado muito a atenção dos muçulmanos mauritanos. A radicalização da comunidade islâmica é crescente, principalmente por causa da melhoria dos meios de comunicação no país, como o acesso à internet. Dessa forma, os mais radicais têm participado de fóruns em mídias sociais e também são financiados por ONG’s islâmicas, e assim são mais preparados e equipados para pressionar a presença da igreja no país. Em suas orações interceda pela igreja na Mauritânia.

*Nome alterado por motivos de segurança(Via Portas Abertas)