Romanos 13 impede o cristão de participar das manifestações do dia 13? Pr. responde
Da Redação JM Notícia
É errado participar da manifestação em favor do impeachment de Dilma Rousseff marcada para acontecer em todo o Brasil no dia 13 de março?
Muitos dizem que não, enquanto outros usam o texto de Romanos 13 para justificar que participar seria uma rebeldia contra o próprio Deus.
Líderes evangélicos têm orientado seus fieis sobre qual a postura bíblica do cristão diante da fatos como este. Um destes, o pastor Renato Vargens, escreveu em seu blog sobre o assunto à luz da Palavra de Deus.
Confira abaixo:
Por Renato Vargens
O teólogo Francis Schaeffer costumava dizer que Deus estabeleceu o Estado como autoridade delegada e não é uma autoridade autônoma. O Estado deve ser um agente de justiça para restringir o mal, punindo o malfeitor, e para proteger os bons na sociedade. Quando ele faz o inverso, não tem autoridade legítima. Ele se torna uma autoridade usurpada e, como tal, se torna ilegal e tirana”. Já o professor Franklin Ferreira enfatiza que na Carta aos Romanos a ideia de Paulo é mostrar aos seus leitores que o poder pertence exclusivamente a Deus. Franklin diz que do ponto de vista escriturístico as “autoridades do governo” nunca são chamadas de “poder” ou “poderes”, como se convencionou chamar na linguagem política contemporânea. Na carta, o único que tem poder é Deus, que vem a nós através do evangelho, que é Jesus Cristo morto e ressurreto, o único Senhor, e Senhor de todos. Já que o Deus todo-poderoso estabelece toda autoridade, essa tem um poder derivado e, por isso, limitado. Alem disso, Franklin afirma que quando as autoridades deixam de servir aos cidadãos, enaltecer o bem e punir o mal, deixam de ser autoridades legítimas.
Para ler mais sobre o impeachment sugiro a leitura do texto: “Pode o cristão defender o impeachment de Dilma Rousseff?” (aqui) e “Romanos 13:1-7, os cristãos e os protestos contra o governo” de Franklin Ferreira (aqui).
Em um vídeo vídeo, o pastor Malafaia lembra que o apóstolo Paulo fala sobre a cidadania e afirma: “Não podemos abrir mão da nossa cidadania, não podemos ser alienados sociais”.
Ele é a favor da manifestação não só pelo impeachment e pelos escândalos de corrupção, mas em tirar os partidos de esquerda do poder por pregarem contra valores morais.