Da redação
Rodrigo Maia (DEM-RJ) arquivou o pedido de impeachment do vice-presidente Hamilton Mourão, protocolado na semana passada pelo deputado Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP)
Segundo Feliciano, Mourão teve ‘conduta indecorosa, desonrosa e indigna’.
Ele também acusou o vice-presidente de ‘conspirar’ para conseguir o cargo de Jair Bolsonaro.
A briga política
Em declaração ao Conexão Política, o deputado comentou sobre o caso.
Para o parlamentar, o ato faz parte de uma estratégia de proteção ao governo federal.
“A função de um vice-líder do governo, como é o meu caso, não é somente fazer o aporte do Executivo ao Legislativo, mas também de blindar o governo, que está encarnado na figura de Jair Messias Bolsonaro”, disse.
E foi além.
“O presidente, num regime de presidencialismo, é a figura do governo. Quando alguém toca no governo, também toca na Constituição. Então, quando Hamilton Mourão, em 100 dias de governo, desdiz tudo o que o presidente já disse e sonha em assumir a cadeira de maneira conspiratória, alguém precisa se insurgir contra ele. Eu nunca tive medo e sempre lutei por aquilo que é justo e verdadeiro”, justificou.
O pastor evangélico também pontuou que o protocolo do pedido de impeachment funcionará como uma espécie de “recado” ao vice-presidente.
“A Dilma teve 19 pedidos de impeachment e ela os ignorou. O 20º [pedido] foi fatal. Então esse é apenas o primeiro para que o Hamilton Mourão, que eu me recuso a me chamar de general, que é um vice, um civil, se coloque no seu quadradinho”, finalizou.