Da Redação JM Notícia
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), relator da Proposta de Emenda à Constituição nº 306 de 2017, que deu parecer favorável para impedir que estrangeiros ocupem os cargos de Senador, Governador, Vice-Governador e Ministro das Relações Exteriores, concedeu entrevista ao JM notícia na tarde desta terça-feira, 15.
Segundo Cavalcante, a pressão de secretários do prefeito de Palmas, Carlos Amastha está grande em cima de membros da Comissão Especial que deve votar hoje o parecer em Brasília:
“Os secretários do prefeito de Palmas estão aqui pressionando todo mundo, inclusive, já me reuni com ele vários vezes”, disse Sóstenes ao JM Notícia, ao se referir ao ex-deputado Júnior Coimbra, secretário de Governo e Adir Gentil, secretário da Casa Civil.
Ligação de Amastha
Sóstenes afirmou ainda que recebeu ligação do prefeito Amastha, no último sábado (12). Na conversa, Amastha disse ao deputado que ele é amigo dos evangélicos no Tocantins e promoveu diversos eventos beneficiando o segmento, como o Palmas Capital da Fé.
“Foi quase uma hora de ligação”.
Parecer x pedido de vistas
“Não vou mudar o meu relatório”, disse Sóstenes ao comentar as pressões que tem recebido nos últimos dias de deputados do Tocantins e de secretários do prefeito Amastha.
Sóstenes Cavalcante, no entanto, disse que poderá haver pedido de vistas nesta terça-feira, 15, mas, que é praticamente unânime a aprovação da PEC na Câmara.
“Não posso falar pelo Senado, mas aqui na Câmara, a tendência é pela aprovação da PEC”.
Minas Gerais
O parlamentar afirmou que o prefeito de Palmas, Carlos Amastha não é o único a ser afetado, em decorrência da aprovação da PEC; e citou Vittorio Medioli (PHS), prefeito de Betim -MG, que nasceu em Parma, na Itália, e é um dos favoritos ao Governo de Minas Gerais.
“A bancada mineira está muito empenhada também na aprovação da PEC”, disse Sóstenes.