No dia de Natal, o rei Charles causou controvérsia ao afirmar que todas as grandes religiões compartilham a crença no amor e na misericórdia de Deus. O discurso foi feito na Capela do antigo Hospital Middlesex, em Londres, e é uma tradição anual do monarca britânico.
Durante a mensagem, Charles destacou o exemplo de Jesus como “atemporal e universal” e ressaltou o impacto de suas ações: “É entrar no mundo daqueles que sofrem, fazer a diferença em suas vidas e, assim, levar esperança onde há desespero”. Ele também afirmou que “a diversidade de cultura, etnia e fé proporciona força, não fraqueza”.
Porém, as palavras do rei enfrentaram críticas. Krish Kandiah, missiologista e fundador da organização Home for Good, disse que, embora aprecie o gesto de hospitalidade do monarca, suas falas demonstram “um mal-entendido fundamental sobre o cristianismo ou as religiões mundiais”. Para Kandiah, “a ideia de que todas as religiões são iguais não se sustenta”.
Outros também acusaram o rei de promover sincretismo religioso e simplificar questões complexas de fé. Segundo Kandiah, “a crença de que Deus se torna humano para redimir a humanidade é exclusiva do cristianismo”, acrescentando que tal comparação poderia ser vista como condescendente.
No encerramento, Charles afirmou que a história da Natividade traz uma mensagem universal: “A mensagem dos Anjos aos pastores — de que deveria haver paz na Terra — ecoa por todas as fés e filosofias”. As informações são do Christian Post.