Da Redação JM Notícia
A Reforma Tralhista completa seis meses no mês de junho é os sindicatos já sentem em suas finanças o estrago causado pelo fim do imposto sindical que levou a arrecadação das entidades a caírem 88% nos primeiros quatro meses deste ano.
Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que lista a arrecadação de R$ 102,5 milhões do mês de abril, um número quase 90% menor que a relação de abril do ano passado.
“A extinção da contribuição fragilizou as entidades”, diz Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico nacional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Sem o pagamento do imposto obrigatório, os sindicatos questionam na Justiça a não obrigatoriedade do imposto e tentam encontrar alternativas de financiamento que seja coerente com o princípio da autonomia dos empregados.
Ao mesmo tempo, eles tentam compensar a parte da receita tomando mais atitudes junto aos trabalhadores para conquistar novos associados dispostos a contribuir com as atividades sindicais.
Mas além do fim do imposto sindical, as entidades perderam também com o avanço do desemprego e o aumento do número de trabalhadores informais. Atividades não formalizadas, não geram contribuintes para os sindicatos.
Pela perda de recursos, vários sindicatos tiveram que demitir funcionários, reduziram suas sedes, fecharam subsedes, venderam carros, alugaram parte de seus imóveis, e estão reformulando os serviços que prestam aos associados.