Raul Filho alfineta Amastha após alianças: “mandato não deve ser a qualquer preço”

Da Redação JM Notícia

Carlos Amastha e Raul Filho (Wilson Dias/ABr/Reprodução)

O ex-prefeito de Palmas Raul Filho (PSD), e pré-candidato ao Senado, se pronunciou pela primeira vez a respeito do cenário político que está sendo montado no Estado para a eleição geral de outubro, onde “inimigos” políticos começam a criar conchavos para garantir seus mandatos.

Mesmo sendo pré-candidato ao Senado, Raul Filho entende que é necessário se posicionar a favor da população, pois “o mandato não deve ser a qualquer preço”. Segundo ele, “antes, tem que respeitar o interesse público, por que é para isso que nós políticos somos eleitos.”

Sem citar nomes, Filho criticou Carlos Amasta (PSB) que durante a eleição suplementar criticou seus adversários políticos e andou por todo o Estado criticando a “velha política” e agora, segundo especulações nos bastidores da política, já firmou acordos com o senador Vicentinho Alves (PR) e conversa para fechar aliança com o MDB do governador cassado Marcelo Miranda.

“Me recuso a usar rótulos de ‘velha política’, de ‘familiocracia’ ‘salvador da pátria’ e tantos outros explorados à exaustão nos últimos tempos”, declarou Raul Filho. “Me recuso a pactuar com quem não demonstra nenhum respeito a todas as pessoas que trabalharam e trabalham para que o Tocantins se tornasse viável”, completou.

Ao JM Notícia, Raul Filho se mostrou revoltado com uma declaração recente de Amastha que teria chamado os deputados de vagabundos, e atacando a classe política durante a campanha da eleição suplementar, chamando de velha política.

“Eu me entristeço de ouvir que Marcelo Miranda aceitar receber Amastha na casa dele e dizer que há uma grande possibilidade de apoiá-lo como governador.Será que essa gente não tem sentimento, não tem vergonha?”, questionou.

Leia a nota na íntegra:

Bom dia caros companheiros:

Assim como a maioria de vocês, também tenho acompanhado com um misto de perplexidade e indignação, a forma que os líderes políticos de nosso Estado têm se comportado.

Até aqui, optei por me manter calado; até para não dar a entender que estou sendo oportunista e usando a situação para me promover.

Por convicção pessoal, participo da política ativamente por que entendo que este é o meio mais legítimo de trabalhar de forma coletiva pelo desenvolvimento das pessoas e do local onde vivemos.

Também acredito que a conquista de um mandato não deve ser a qualquer preço. Antes, tem que respeitar o interesse público, por que é para isso que nós políticos somos eleitos.

As muitas mensagens que recebi, em áudios e textos, junto com as notícias veiculadas pela imprensa local de como as mesmas pessoas que disputaram a recente eleição suplementar, se enfrentando na maioria das vezes com a utilização de ofensas pessoais e ideológicas, agora se juntam, na clara intenção de viabilizarem mandatos.

Esta é a razão principal de ocupar este espaço e me manifestar.

Tenho sim o desejo de ser candidato a senador nas eleições gerais de 7 de outubro. Mas, reafirmo o compromisso, comigo, minha família e com cada um de vocês por quem guardo amizade e respeito, que não usarei do expediente de me juntar a pessoas e  projetos com os quais não tenho a menor identificação.

Também me recuso a usar rótulos de ‘velha política’, de ‘familiocracia’ ‘salvador da pátria’ e tantos outros explorados à exaustão nos últimos tempos.

Da mesma forma, me recuso a pactuar com quem não demonstra nenhum respeito a todas as pessoas que trabalharam e trabalham para que o Tocantins se tornasse viável. Entendo que da boca de um líder devem sair palavras de respeito, mesmo quando há conflito de ideias. E essas palavras devem corresponder á forma como ele conduz sua vida pública e pessoal.

Por isso, mais uma vez reitero o meu compromisso de tentar viabilizar minha candidatura, desde que para isso não tenha que passar por cima de meus princípios e respeito a dignidade inclusive das pessoas com quem possa vir a disputar um mandato.

Raul Filho, ex-prefeito de Palmas e pré-candidato ao Senado