Da Redação JM Notícia
Em entrevista ao JM Notícia, na qual analisou o cenário político para 2018 e não descartou entrar na disputa por uma das três vagas na majoritária, o ex-prefeito de Palmas e candidato derrotado nas últimas eleições, Raul Filho (PR), também comentou sua situação jurídica e creditou sua derrota nas urnas nas últimas eleições, a uma “possível” união de seus opositores, o prefeito reeleito da Capital, Carlos Amastha (PSB) e a vice governadora, Cláudia Lélis (PV).
O ex-prefeito disse que desde o primeiro momento vinha liderando todas as pesquisas à prefeitura de Palmas, mas que nos últimos 20 dias que antecederam o pleito, segundo ele, houve uma união entre os candidatos de oposição com o intuito de lhe derrotar.
“Na verdade nós ficamos em segundo lugar nos últimos 20 dias depois de uma campanha sórdida dos meus opositores, e eu lamento muito o papel que o Partido Verde cumpriu nessa campanha. O PV acabou se aliando a gestão nos últimos 20 dias de forma muito estranha; nós tínhamos uma relação civilizada com o PV, derrepente isso virou tudo, misteriosamente o contrário, então o Amastha se preservou com inteligência, tem que se tirar o chapéu, se considerar isso aí, e conseguiu colocar a vice governadora nesse papel de fazer a mim oposição e o enfrentamento, isso é público”, acusou.
Questionado como sabe se houve esse acordo entre Amastha e a Cláudia Lélis, Raul disse que “quem tem dúvidas não consegue fazer uma análise da política, mas qualquer leigo em política percebeu isso, um alinhamento de última hora para me derrotar”.
PESQUISAS
Ainda de acordo com o ex-prefeito, o apontavam na liderança:
“Todas as pesquisas sérias nos traziam com a preferência do eleitorado, e em alguns momentos, com uma margem considerável, então isso (queda nas pesquisas), se deu nos último 20 dias, quando a candidato do Partido Verde resolveu fazer esse enfrentamento, esqueceu o Paço Municipal e passou a trabalhar pela minha derrota”, disse.
Inelegibilidade
Já sobre sua situação jurídica, Raul Filho afirmou ao JM Notícia que a decisão da Justiça que lhe deixou inelegível, um dos principais pontos explorados por seus adversários durante a campanha, não é motivo de preocupação.
“Não tenho com o que me preocupar, se preocupasse eu não teria enfrentado uma campanha como nós enfrentamos em 2016, isso na verdade acarreta desgaste físico, financeiro, tudo, pois uma campanha não é fácil em todos os aspectos, então essa é uma questão que o adversário tem que explorar, eu fico feliz quando eles exploram esse lado, olha o Raul está inelegível. Por quais razões? por um possível crime ambiental, mas eu não vejo que isso será impeditivo, nós estamos seguindo firmes, animados”, declarou.
Recorrendo
Raul Filho afirmou ainda que já recorreu da decisão que cassou a liminar:
“já recorremos da decisão que cassou a liminar no último dia e estamos aguardando a decisão, até porque aquela decisão me causou estranheza, eu poderia não ser candidato por falta de vontade, o que não me falta neste momento, mas não por causa de inelegibilidade, isso não me preocupa”, finalizou.
ELEIÇÃO – Veja como ficou o resultado da última eleição em Palmas:
Carlos Amastha (PSB) – 52,38% – 68.634 votos
Raul Filho (PR) – 31,43% – 41.191 votos
Cláudia Lelia (PV) – 10,01% – 13.121 votos
Zé Roberto (PT) – 3,71% – 4.865 votos
Sargento Aragão (PEN) – 2,46% – 3.226 votos