Na terça-feira (5), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que o índice de endividamento das famílias brasileiras diminuiu em outubro, alcançando 76,9%. No entanto, a inadimplência voltou a subir, atingindo 29,3%, a maior taxa em um ano.
A CNC explica que o endividamento se refere a pessoas com dívidas, independentemente de estarem em dia. Já inadimplentes são aqueles que têm contas atrasadas. Entre as famílias de menor renda, a inadimplência alcançou 37,7%, um número maior que a média nacional.
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, comentou que o uso de crédito em um ambiente de juros altos torna a quitação de dívidas mais difícil para a população de baixa renda. Tadros aponta que a redução de gastos públicos poderia contribuir para uma queda nos juros, o que beneficiaria os consumidores e a economia.
Outro dado relevante foi o aumento do número de famílias que afirmam não ter condições de pagar as dívidas atrasadas, que subiu para 12,6%.
Enquanto isso, entre as famílias de maior renda, o endividamento diminuiu para 67,1% em outubro, e a inadimplência ficou em 14,3%. No caso das famílias de baixa renda, o endividamento, ao contrário da tendência geral, subiu de 78,7% em outubro do ano passado para 80,8% agora.