Programas atuam por meio da educação para amenizar desigualdades entre gêneros

Programas atuam por meio da educação para amenizar desigualdades entre gêneros

As mulheres
terão a mesma remuneração que os homens em exatamente 257 anos. É o que
apontou, recentemente, o relatório anual divulgado pelo Fórum Econômico Mundial.
O relatório atribui essa disparidade econômica à ausência das mulheres em
cargos gerenciais e, também, ao congelamento de salários. Considerando os
números por regiões do globo, a Europa Ocidental tem os índices mais positivos,
uma estimativa de 54 anos para alcançar essa igualdade.

Como forma de
amenizar essa discrepância existente entre os gêneros, que afeta as mulheres em
todo o mundo, principalmente nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos,
existem ações educacionais que visam combater as injustiças sociais nos âmbitos
profissional e acadêmico.

Nessa
perspectiva, programas como o Educa
Mais Brasil
, que fomenta a educação no país, oferta bolsas de estudo para
milhares de pessoas que não têm condições de bancar as mensalidades integrais
em diversas instituições de ensino superior no país.Apesar de não ser voltado
exclusivamente para mulheres, o programa oferece apoio e garante que uma
parcela significativa da sociedade tenha melhorias na qualidade de vida através
dos estudos.

Nesta mesma
vertente, O Diplomacia Civil, órgão vinculado ao Instituto Attitude, foi
criado com a finalidade de influenciar futuros líderes brasileiros a compreenderem
e atuarem em temáticas internacionais que causem impacto direto na sociedade
brasileira, mudando a realidade das comunidades em que residem.

Tatiana Ramalho,
coordenadora do programa nacional e internacional do Instituto Attitude, fala
sobre as atuações efetivas do órgão. “Nós trabalhamos com jovens entre 18 e 35
anos, realizando viagens para fóruns internacionais com a perspectiva de que
eles se inspirem nesses eventos, onde estão líderes mundiais, para revolucionar
e buscar ideias de engajamento e ações sociais para serem desenvolvidas no
Brasil”, explica.

O programa tem
a missão de conectar jovens com eventos e ideias de outros
países por meio de capacitação e coordenação de delegações através de conferências
internacionais.  

A doutoranda e
mestre em sociologia e antropologia pela Universidade Federal do Maranhão
(UFMA), Michelle Louzeiro, participou no mês de novembro, através do Diplomacia
Civil, da Cúpula de Nairobi, um fórum que relatou o balanço das desigualdades
de gênero no mundo.

A mestre em
ciências sociais destacou as arbitrariedades às quais as mulheres ainda são
submetidas. “Essa desigualdade de gênero no Brasil continua enorme por mais que
tenhamos mais tempo de escolaridade e a nossa diferença salarial ainda é muito
grande. Participar desse fórum é importante porque demonstra as ações
realizadas, tanto em políticas públicas, ativistas e entidades filantrópicas para
reduzir a disparidade salarial, questões relacionadas ao casamento infantil e
violência doméstica”, analisa.

O Diplomacia
Civil organiza delegações com equipes de estudantes, jovens universitários e
pesquisadores. Os participantes são avaliados de acordo com as qualificações
acadêmicas, interesses pessoais e profissionais, contribuição para a sociedade
e proposição de tema para desenvolvimento de artigo.

Para 2020, os
primeiros fóruns já estão com inscrições abertas e seguem até o dia 31 de
dezembro de 2019. São eles: o World
Urban Forum, que
 irá debater os objetivos de Desenvolvimento
Sustentável entre os dias 8 e 13 de fevereiro em Abu Dhabi, e o 64th Commission on the Status of Women,
que trata sobre a Igualdade de Gênero e ocorrerá entre os dias 9 e 20 de março.
Fonte:
Juliete Neves- Agência Educa Mais Brasil