Policiais civis e demais profissionais da Secretaria da Segurança Pública (SSP) foram capacitados, durante esta segunda-feira, 14, para utilizar o Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (Simba), desenvolvido pela Procuradoria Geral da República (PGR). O software tem o objetivo de facilitar o recebimento e processamento das informações de movimentações bancárias fornecidas por instituições financeiras nos casos de quebra de sigilo bancário.
O Simba será gerenciado no Laboratório Contra a Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Tocantins (LAB-LD – PC/TO). De acordo com o Assessor do Ministério Público Federal, Álvaro Melo Casseb, que ministrou a capacitação, em casos de quebra de sigilo bancário de uma investigação policial, os delegados vão se dirigir ao Laboratório conta Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) e receber as informações com dados crus, através de relatórios automáticos, como também dados detalhadamente analisados no laboratório. Desta forma, será possível aumentar a capacidade da Polícia Civil na resolução de casos complexos de combate ao crime organizado, que envolva análise de crimes financeiros e patrimoniais, dados telefônicos dentre outros pertinentes a este tipo de investigação, visando à descapitalização das organizações criminosas.
Foto:Divulgação/SSPSecretário da Segurança Pública inaugurou o Laboratório Contra Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Tocantins nesta segunda, 14
Para o secretário da Segurança Pública, Cesar Roberto Simoni, que inaugurou o Laboratório Contra Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Tocantins (LAB-LD/TO), na manhã desta segunda, 14, a aquisição é uma ferramenta formidável porque permite a Polícia Civil fazer um trabalho intuitivo para além de prender os criminosos, rastrear e acompanhar a evolução patrimonial do crime. “O crime está muito mais organizado que as instituições. Por isso, mais do que nunca, temos que trabalhar com a inteligência. A regra é empobrecer o crime o máximo possível e para isso temos que seguir o andamento do dinheiro. Os crimes nunca vão acabar, porque o crime não acaba ele migra”, afirma o secretário.
Foto:Divulgação/SSPVisita técnica às instalações do Laboratório
De acordo com Leonardo Ribeiro da Silva Terra, coordenador da rede LAB-LD, do Ministério da Justiça, o laboratório da SSP é uma das 38 unidades já instaladas no país. “Nós temos a visão de que a única forma de acabar com o crime organizado, ou pelo menos diminuir sua força, é tirando os recursos que eles dispõem pra se movimentar, já que a troca de liderança e de cargos é feita de forma muito fácil. Através deste sistema de investigação é possível recuperar o dinheiro ilícito e diminuir o poder de ação dessas organizações”, afirma.